EDITORIAL | Eduardo Hagge precisa ter cautela na escolha do vice na chapa

Itapetinga, um dos mais importantes municípios do Nordeste, pela geração de emprego e renda, com um agro forte e em evidência, vice agora a efervescência política que pode ampliar o passivo político dos “gabirabas”, alcunha como se tornou conhecido o líder Michel Hagge e sua família. Sempre com independência política, graças à liderança exercida, Michel conseguiu emplacar uma cadeira como vereador, sucessivas vitórias na Prefeitura, além de dois mandatos na Assembleia Legislativa.

Não foi só. Sua força política elegeu deputada estadual sua filha, Virgínia Hagge, de saudosa memória e o filho dela, Rodrigo Hagge, prefeitos por dois mandatos. Agora é a vez do filho de Michel e tio de Rodrigo, Eduardo Hagge, mas é aí que reside o risco de essa corrente se partir. Tudo por causa do xadrez político na escolha do vice do “Tiozão”, como Eduardo é reverenciado.

Alguns nomes são cogitados, enquetes são lançadas e o boca-a-boca corre por toda a cidade. Por ora a preferência do eleitorado de Eduardo tende a apostar em Sisínio Galvão, com o radialista Edilson Lima, Alécio Chaves e Paulo da Loteria correndo por perto. Como a enquete não tem validade científica, nem estatística, torna-se apenas um “balão de ensaio”, porém é aí que mora o risco.

Isso porque um dos nomes, o do professor Alécio Chaves, encontra grande rejeição popular e até mesmo dos empresários que dão suporte à campanha. Os que mantém na memória a trajetória de Alécio dizem que politicamente ele não passa confiança, já que foi criado nas hordas de uma oposição raivosa e estaria sendo moldado pelo deputado Rosemberg Pinto (PT) para uma eventual manobra, caso eleito.

Alécio Chaves foi eleito vice-prefeito da cidade em 2012, quando era filiado ao PT e até recentemente empunhava a bandeira do partido, tentando postular uma candidatura solo a prefeito, com o fez em 2016 pelo PSD, ficando na terceira posição. Ainda nesse mesmo partido, declarou apoio ao prefeito Rodrigo Hagge, mas de olho na vice. A pergunta que fica no ar é: será que a escolha agora não iria se traduzir num traição futura, como o hipotético postulante pretende ao “encostar” em Eduardo Hagge?

 


COMPARTILHAR