EDITORIAL | Desafios à margem da lei: decisão judicial não se discute

Transporte clandestino desafia governo municipal, policia militar, agentes de trânsito,  Ministério Público estadual e até decisão judicial.
DE VAN À MICRO-ÔNIBUS 

Eis o símbolo e a mensagem subliminar da certeza de impunidade circulando pelas ruas de Vitória da Conquista. 

A presença, agora, de um  micro-ônibus, ostentando o nome de uma das “cooperativas” de clandestinos, serviu para alertar autoridades em várias instâncias e até mesmo entidades, como o Conselho de Segurança (Conseg), que recentemente – no uso de suas atribuições – alertou o prefeito Herzem Gusmão, por meio de documento.

Esse mesmo documento foi protocolado no Ministério Publico do estado (MPe), contendo inúmeros alertas do ataque ao transporte coletivo, um bem público.

Como em uma profecia, parte de vários alertas e vindos de várias frentes de que o transporte público estaria na direção de falência, se concretizou – em metade da cidade – na trágica falência da Viação Vitória.

Alertas e recomendações de que a clandestinidade deveria ser erradicada o quanto antes vieram de várias frentes seja através da promotora Rosimeire Carvalho, do MPe; do juiz Leonardo Maciel, da 1ª Vara da Fazenda Pública, do Conseg; de alguns blogs, emissoras de rádio e do vereador Professor Cori.

A profecia se concretizou com a Viação Vitória e com ela a falência social e econômica de 517 famílias que trabalhavam na descontinuada empresa.

A pergunta é: 

O governo municipal e suas forças de segurança pública terão energia para reverter essa situação?

 
O vídeo acima, viralizado nas redes sociais, mostrando uma senhora que se diz mãe de um vanzeiro apanhado em uma blitz, nos dá conta que o assunto é mais grave do que se imagina. Neste vídeo ela cita detalhes de campanha e até parentesco com um dos vereadores da nossa Câmara Municipal.

Até onde irão os tentáculos destas organizações de vanzeiros?


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