EDITORIAL – Calote no transporte público

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Funcionários da Viação Vitória emprestaram dinheiro à própria empresa confiando no AVALISTA.

E agora? A DÍVIDA É MILIONÁRIA. Leia o nosso editorial e entenda como se deu esse calote.

O que acontece quando o DEVEDOR e AVALISTA se “desentendem” na presença dos CREDORES (funcionários) se vendo entre tapas e graves acusações?

No afã dos fatos e versões temos de um lado a empresa (devedora) que diz:

“Devo, não nego, mas só posso pagar R$500,00”

Enquanto do outro, o AVALISTA tentando sair “à francesa”, se esgueirando e distraindo os 517 sofridos e credores funcionários, dizendo-se igualmente traído, levando-os de um lado a outro, por dias a fio com vãs e teatrais promessas.

Sutilmente o avalista, em vão, vem tentando transferir sua única e exclusiva responsabilidade sindical, de guardião dos direitos dos trabalhadores. Ora Álvaro Souza, do Sindicato dos Rodoviários (Sintravc), atribui a culpa ao prefeito Herzem Gusmão (MDB), ora ao Legislativo e até ao finado e seu antecessor Carlos Fernandes (imagem ao lado). Talvez porque mortos não possam se defender.



ENTENDA O CALOTE 
Desonestidade intelectual

Restrito aos limites internos dos muros da Viação Vitória tudo se desenvolvia silencioso e aparentemente sob controle, em especial quando avalizado pelo Sindicado dos Rodoviários. Até que o trágico extravasou, fazendo Vitória da Conquista conhecer, estarrecida, a tragédia SOCIAL E ECONÔMICA das centenas de famílias e funcionários que, acuados, passam dificuldades até para se alimentar e pagar despesas triviais.

Segundo o réu confesso e avalista Alvaro Souza, há muito a Viação Vitória vinha submetendo seus funcionários a trabalho escravo, ferindo a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), de capa a capa.

Enganados com a falsa sensação de que tudo estava sob o controle, os funcionários da Viação Vitória  não se deram conta do trágico que estava por vir. As aparências que o presidente do sindicato fazia questão de passar, fosse de sua influência no gabinete do prefeito e até de alguns parlamentares do Legislativo, vitimizou os funcionários.

A imagem que Álvaro passava de bom moço sugeria confiança incondicional, semelhante ao desastre que foi o consórcio “morte súbita”, de um médico baiano e do odiado público, Jair Lagoa.

Semelhantes mecanismos estiveram em ação reproduzindo os efeitos “entorpecentes de massa”. Neste caso, os funcionários. Sofismas matemáticos foram criados de modo que fizessem os funcionários baixassem a guarda, deixando de reivindicar seus direitos e que esses não se acumulassem: fossem férias, 1/3 de férias, horas extras, INSS.

Ao ponto de administrarem como se fosse medicamentos em doses progressivas de dias, semanas e meses de atrasos dos salários.

Ente atos públicos na forma elogiar a Viação Vitória (embora Alvaro diga que a empresa desde 2011 já aprontava), ele não se economizou em validar a empresa. Até círculos e sessões de orações dentro da empresa o presidente Álvaro se dava em corrente com o diretor Cláudio Andrade (imagens abaixo).


                     Como haveria cobradores e motoristas 
                     imaginar o trágico que viria?

Álvaro Souza foi capaz de construir e estimular o sofisma matemático que desse a falsa sensação de que os funcionários da Viação Vitória obtinham salários maiores que os rigorosamente e comprovadamente pagos em dia pela Viação Cidade Verde.

Como no conto da famosa anedota:

O sujeito vende um carro ao amigo, bem mais caro que valor de mercado. Mas sujeito não paga o veículo. Dá calote. O que vendeu conta vantagem: – “ELE PODE NÃO TER PAGO O CARRO, MAS EU ENFIEI A FACA NELE”, gaba-se o enganado. 

Assim tem sido o engodo a que muitos funcionários na Viação Vitória, “enfeitiçados”, ainda se gabam. A lamentável situação se tornou alvo até mesmo do anedotário local.

CHARGES TOMAM CONTA DA INTERNET

Restou apurado com fontes fidedignas que a Viação Vitória deve em média para cada motorista cerca de R$6 mil, e para cada cobrador, R$3 mil, fora os direitos acima relacionados. 


A empresa fez uma proposta de pagar para cada um deles R$500 por semana. Pasmem! 

Por que o presidente do sindicato não denunciou tudo isto há muito tempo? Quantas vezes Álvaro foi à Câmara dos Vereadores fazer essas denúncias?

Sem contar que a Viação Vitória deve mais de R$ 1 milhão ao próprio sindicato e Álvaro represou estas infrações.

Avalista ou não?

Álvaro fechou os olhos para todas as probabilidades do calote. E continua impondo aos funcionários uma espécie de “cegueira cognitiva”. E a manipulação continua.


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