O pagamento por aproximação, que já era uma forte tendência em diferentes países do mundo, especialmente a China, ainda patinava no Brasil. A tecnologia já estava disponível, mas a adesão era baixa. Até que veio a crise sanitária e esse cenário mudou rápido: o total de pagamentos por aproximação cresceu 374% em 2020, na comparação com 2019. Já em 2021, os números registrados foram seis vezes maiores do que no ano anterior.
O dado é da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), que calcula que o serviço foi utilizado 3,9 bilhões de vezes 2021. Essa tendência de crescimento deve permanecer também em 2022, quando espera-se que os pagamentos por aproximação sejam responsáveis por 50% das transações presenciais feitas com cartão de crédito. A associação estima que 60% das compras das famílias brasileiras deve ser realizada com cartões.
O pagamento por aproximação utiliza diferentes tecnologias. A mais difundida é a Near Field Communication (NFC), expressão que significa “comunicação por campo de proximidade”. A conexão entre dois dispositivos utiliza ondas de rádio, com uma frequência específica, que só funciona quando os dois chips ficam próximos – uma forma de garantir a segurança do usuário.
O mais comum é utilizar o NFC entre cartões com chip e as maquininhas, mas em alguns casos existe também a possibilidade de utilizar celular ou smartwatch, o que dispensa a necessidade do cartão físico de plástico.
Para o empreendedor, o pagamento por aproximação apresenta uma série de vantagens: agiliza o pagamento, reduzindo filas e economizando o tempo do comerciante e do consumidor. Também proporciona segurança, na medida em que evita o contato físico com a máquina para digitar a senha.