DOIS PESOS, DUAS MEDIDAS | Prefeitura faz restrições a taxistas, mas deixa vanzeiros à vontade em Conquista

A Prefeitura de Conquista notificou os taxistas do Ponto 1, na Praça Barão do Rio Branco, proibindo o sistema de filas, iniciativa tomada pelos profissionais para que a concorrência funcionasse de maneira igualitária.

Adotado há 10 dias, o sistema não foi aceito pela Prefeitura, o que provocou revolta entre os taxistas do mais antigo ponto do município.

Segundo eles, da forma como quer a Prefeitura, o passageiro pode escolher aleatoriamente, penalizando muitos que deixam de fazer uma corrida enquanto outros chegam a realizar duas ou mais nesse período. 

Para os taxistas, a repressão da Prefeitura é ato de perseguição, já que os mais de 600 vanzeiros clandestinos sequer são submetidos a regras ou fiscalização, apesar de a atividade ser considerada crime, por meio de Lei sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro.
 
Sem querer se identificar, temendo represálias, alguns taxistas disseram que tentaram acordo com a Prefeitura antes de adotarem o sistema, mas que não obtiveram respostas. “Foi solicitado que a Prefeitura organizasse a fila, mas não nos atenderam”, acentuou um dos profissionais.

O ponto 1 não é a menina dos olhos da Prefeitura. Em fevereiro do ano passado o prefeito Herzem Gusmão (MDB) anunciou a extinção do ponto mais antigo da cidade. Os taxistas seriam remanejados para uma área em frente ao antigo Hotel Albatroz, na Rua Maximiliano Fernandes, em frente à agência 270 do Bradesco. A reportagem do Sudoeste Digital busca respostas da Prefeitura.


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