DOIS DE ITAPETINGA | Cabeças do grupo que movimentou R$ 1,4 bilhão com fraudes licitatórias na Bahia tentaram destruir provas; veja quem são alvos de prisão

A Justiça determinou, nesta terça-feira (10), a prisão preventiva de 17 pessoas envolvidas em um esquema criminoso de fraudes licitatórias e desvio de recursos públicos, que movimentou cerca de R$ 1,4 bilhão. A medida ocorre no contexto da Operação Overclean, que apura um extenso esquema de corrupção e lavagem de dinheiro por meio de contratos com o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), na Bahia.

Segundo apurado, a decisão da Justiça foi tomada pela 2ª Vara Federal Criminal de Salvador – Seção Judiciária da Bahia, sob a responsabilidade do juiz federal Fábio Moreira Ramiro. Ela foi baseada em evidências de que os envolvidos estavam tentando destruir provas e obstruir as investigações.

O aprofundamento das investigações revelou que a organização criminosa era liderada pelos irmãos e empresários Alex Rezende Parente e Fábio Rezende Parente, pelo empresário conhecido como “Rei do Lixo”, José Marcos de Moura, e pelo ex-Coordenador Estadual do DNOCS na Bahia, Lucas Maciel Lobão Vieira. O grupo, segundo a Polícia Federal, cometia fraudes licitatórias, superfaturamento de contratos públicos e desvio de recursos.

“As conversas interceptadas revelaram uma operação coordenada e sistemática de destruição de provas, que incluía a utilização simultânea de três máquinas trituradoras operando continuamente. Os investigados receberam ordens diretas de Alex Rezende Parente, líder identificado da organização, para eliminar diversos tipos de documentos, incluindo carimbos de outras empresas, cotações impressas e propostas que pudessem evidenciar as fraudes”, relatou à PF para Justiça Federal.

As investigações indicam que eles desviaram grandes quantias de dinheiro, principalmente por meio de contratos com o DNOCS, além de estarem envolvidos em fraudes em diversos outros setores públicos.

A prisão preventiva foi solicitada para garantir a continuidade das investigações, evitar a destruição de mais provas e prevenir a fuga dos envolvidos. Os investigados, que ocupam funções chave dentro do grupo criminoso, são acusados de terem cumprido ordens diretas do líder da organização para eliminar evidências.

Alex Rezende Parente

Fábio Rezende ParenteLucas Maciel Lobão Vieira

Clebson Cruz de Oliveira

José Marcos de Moura

Fábio Netto do Espírito Santo

Flávio Henrique de Lacerda Pimenta

Orlando Santos Ribeiro

Francisco Manoel do Nascimento Neto

Kaliane Lomanto Bastos

Claudinei Aparecido Quaresemin

Itallo Moreira de Almeida

Evandro Baldino do Nascimento

Geraldo Guedes de Santana Filho

Diego Queiroz Rodrigues

Ailton Figueiredo Souza Junior

Iuri dos Santos Bezerra

Além de São Paulo, Goiânia e Palmas.

A Operação Overclean, deflagrada pela Polícia Federal, Ministério Público Federal, Receita Federal e Controladoria-Geral da União (CGU), continua em andamento. O objetivo é desmantelar completamente a organização criminosa, recuperar os recursos desviados e responsabilizar os envolvidos nas fraudes.


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