A nomeação do novo secretário municipal de Saúde de Conquista não foi digerida por alguns setores, especialmente a área específica, que acumula uma série de reclamações desde então.
Nomeado pela prefeita Sheila Lemos para substituir a ex-secretária Ramona Cerqueira, o médico e professor universitário Vinícius de Brito Rodrigues tomou posse na Secretaria Municipal de Saúde em 2 de fevereiro deste ano.
O foco da insatisfação, de acordo com denúncias, está em alguns funcionários lotados no Centro Municipal de Atenção Especializada (Cemae).
Isso desde a realização de mudanças estruturais e pessoais, a exemplo da recente nomeação de Leillane Oliveira dos Santos, oriunda de Salvador, exonerada do cargo de assessora técnica durante a gestão do então governador Rui Costa (PT).
O corpo funcional estranha a nomeação de Leilane, que transitou na gestão de Costa, agora ministro de Lula, na Superintendência de Atenção Integral à Saúde, da Secretaria Estadual de Saúde.
Acredita-se que esse fato não teria sido informado à prefeita Sheila Lemos (UB), mas o certo é que a nomeada – agora em Conquista, ganhou carta branca para realizar mudanças, sem planejamento, nos setores do Cemae.
As medidas iniciais já estão causando prejuízos para a população, principalmente na oferta de vagas para os que estão na fila de espera. Antes, quando ocorria uma desistência ou ausência de paciente, o próximo na fila de espera ficava com a vaga.
É o chamado “encaixe”, que acabou suspenso por Leilane. Para agravar a situação, nada se tem feito em relação ao prédio concluído há dois anos no Centro Municipal Especializado em Reabilitação Física e Auditiva (Cemerf).
Fontes consultada pela reportagem sustentaram que a diretora chegou ao município “perseguindo e coagindo diversos funcionários, inclusive com suspensão de insalubridade que é um direito dos servidores lotados no Cemae”.
A reportagem apurou que, devida a tais descontentamentos, os funcionários do Caps precisaram solicitar reunião com a prefeita para informar dos desmandos da nova figura de gestão em seu governo. “O SUS é de todos, pessoas que não respeitam o SUS não devem administrar serviço público”, pontuaram. A reportagem tenta contato com a Prefeitura.
