VITÓRIA DA CONQUISTA – O governador da Bahia, Rui Costa, que cumpre agenda em Vitória da Conquista nesta quinta-feira (09), foi curto e grosso ao responder que, em Conquista “falta água porque não tem água”.
O município, terceiro do Estado com mais de 360 mil habitantes (atrás de Salvador e Feira de Santana), enfrenta um dos mais longos racionamentos da história, devido à falta de barragens que possam suprir o abastecimento humano, comercial e industrial.
.Em entrevista concedida a imprensa no saguão do aeroporto Pedro Otacílio de Figueiredo, o governador tentou justificar sua resposta.”Fizemos um investimento de R$34 milhões na primeira etapa do Catolé, estamos fazendo mais uma emergencial de R$4,7 milhões do Rio Gaviãozinho. E soltei a licitação da Barragem do Catolé, um investimento de R$200 milhões”.
Em Conquista, o governador participa de reunião do Pacto pela Vida, voltada exclusivamente para os representantes das instituições que integram o programa. Além disso, ele inaugura as novas sedes das 77ª e 78ª Companhias Independentes de Polícia Militar (CIPM) e entrega à população o novo Departamento de Política Militar da 92ª CPIM, além de veículos e equipamentos destinados às unidade das policias Civil e Militar e Corpo de Bombeiros de Conquista e municípios da região.
Rui fará a entrega de 23 Viaturas para as unidades da Polícia Militar dos municípios de Cândido Sales, Itapetinga, Potiraguá e Vitória da Conquista. Outras dez viaturas vão atender as unidades da Polícia Civil de Anagé, Aracatu, Barra do Choça, Cândido Sales, Itambé, Itapetinga, Itarantim, Macarani e Vitória da Conquista. Já o 7º Grupamento de Bombeiros Militares vai receber um conjunto desencarcerador e dois veículos.
PRIVATIZAÇÃO DA EMBASA
Citado entre as gestões estaduais que podem aderir ao programa federal de concessões na área de saneamento, dentre os 14 projetos previstos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o governo baiano descartou novamente, qualquer intenção de privatização da Embasa. Pela proposta do BNDES, a Embasa poderia ser leiloada a partir do segundo semestre de 2018. “O Governo da Bahia não possui qualquer interesse em privatizar ou abrir o capital da Embasa”, afirma, em nota, a Casa Civil da Bahia.
O governo estadual admitiu, entretanto, o interesse, no âmbito do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), em obter financiamentos junto ao BNDES, “para implantação de projetos na área de saneamento”, como frisa a nota. O texto ainda destaca que a manifestação de interesse deixa claro que o Estado não possui, atualmente, qualquer intenção na desestatização da Embasa”. As privatizações na área de saneamento foram propostas pelo governo Temer, “como forma de socorrer financeiramente os estados”, a exemplo da já aprovada venda da companhia do Rio de Janeiro (Cedae), um dos estados que mais enfrentam dificuldades orçamentárias.
O tema vem sendo acompanhado pelo sindicato dos trabalhadores da Embasa (Sindae) que condena o que classifica como “entrega do patrimônio nacional”.