CURIOSIDADES SOBRE A HAVAN – O que significa o nome da loja e o motivo da Estátua da Liberdade em todas as unidades

Ela já chegou a Vitória da Coquista, trazendo consigo a polêmica Estátua da Liberdade, com 35 metros de altura, confeccionada em fibra. Estamos falando das Lojas Havan.


A unidade de Conquista, que fica na Avenida Juracy Magalhães, tem 7 mil metros quadrados de área construída, com previsão de geração de 150 a 200 empregos diretos no município e investimento de R$ 35 milhões. Inicialmente a inauguração da mega loja está prevista para maio de 2018. 
Em Conquista, a Havan tem um mix de produtos com mais de 100 mil itens nacionais e importados, nos segmentos de moda (masculina, feminina, infantil, bebê, fitness, praia e íntima), cama/mesa/banho, eletros, eletrônicos, brinquedos, tapetes, utilidades domésticas, camping, bazar, entre outros.

Atualmente, a Havan possui exatas 133 lojas espalhadas por 15 estados brasileiros (SC, PR, SP, MT, MS, GO, BA, PE, AC, MG, TO, PA, ES, RJ e RO). Com uma trajetória de mais de 30 anos, a Havan tem como característica o modelo de lojas de auto-atendimento, empregando 12 mil colaboradores diretos e 60 mil indiretos em mais de 1 milhão e 100 mil metros quadrados construídos.



A equipe do Sudoeste Digital entrevistou o dono da empresa, Luciano Hang (foto) e desvendou alguns mistérios sobre a rede de varejos que está em franco crescimento no Brasil. No meio da entrevista, revelamos duas curiosidades que permeiam a cabeça da população: a origem do nome e a razão da Estátua da Liberdade.

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Inaugurada em 1986 como uma atacadista de tecidos em Brusque (SC), a Havan é hoje uma rede com mais de 100 unidades e receita anual de R$ 2 bilhões. 


As unidades estão nos nos estados de Santa CatarinaParanáSão PauloRio de JaneiroMinas GeraisEspírito SantoGoiásMato GrossoMato Grosso do SulParáRondôniaTocantinsBahia e Pernambuco. Seu slogan é: Havan, não tem crise para quem vende barato.

A proposta da Havan é vender de tudo no mesmo espaço: roupas, eletrodomésticos, ferramentas, copos, cosméticos, brinquedos. “É como um shopping, mas é mais barato”, garante o dono. As lojas oferecem, em média, 100 mil itens. A maior delas, em Brusque, ocupa 35 mil metros quadrados. “É a maior loja do varejo brasileiro”, diz Hang.
A expansão da Havan é uma estratégia de sobrevivência, explica o consultor Claudio Felisoni, presidente do conselho do Programa de Administração do Varejo (Provar/Ibevar). 
Como as grandes varejistas tendem a vender os mesmos produtos, o mercado é de margens reduzidas e as companhias precisam de escala para lucrar. “A tendência no varejo é de baixa rentabilidade e alto giro. Para sobreviver, as empresas precisam de musculatura”, avalia.
No caso de redes regionais, a alternativa é ganhar porte nacional, como fez a Magazine Luiza, por exemplo, ou se unir a um grupo maior, como fez a também catarinense Salfer, vendida à Máquina de Vendas. “Se ficar limitada a uma região, um dia a empresa vai fechar”, diz Felisoni.
Transformação – A Havan não nasceu no varejo. Assim como muitos empresários de Brusque, Hang trabalhou na indústria têxtil como vendedor da Tecidos Carlos Renaux, empresa centenária que foi à falência no mês passado. Em 1986, abriu uma loja de 45 metros quadrados para vender tecidos no atacado. “Desenrolávamos tecidos na calçada por falta de espaço”, lembra.
A marca Havan é a união do sobrenome Hang com o nome Vanderlei, sócio da empresa na década de 80. Ele vendeu sua participação no negócio em 1991, depois de discordar dos planos de Hang para a ampliação da loja. Vanderlei de Limas queria trabalhar com “os pés no chão” e manter um estoque modesto. Luciano Hang era mais ousado. “Decidimos desfazer a sociedade, dividindo o estoque da loja”, conta Limas, que até hoje vende tecidos no atacado em Brusque.
Hang aproveitou a abertura comercial do Brasil nos anos 90 para trazer produtos importados ao País e oferecer na sua loja. Assim, aos poucos, a Havan foi passando de atacadista de tecidos para uma loja de departamento. “Mudei porque vi que o atacado de tecidos não tinha mais futuro e enxerguei outras oportunidades”, diz Hang.
Empreendedor nato, o catarinense já abriu fábricas de toalhas, malharias e até montou uma empresa de distribuição de produtos importados para lojas de R$ 1,99 durante a viagem de lua de mel. “Estávamos no aeroporto da África do Sul e ele começou a negociar com empresários que conheceu na hora”, conta a mulher Andrea, casada com Hang há 18 anos.
Hoje, além da Havan, ele é dono de postos de combustível e pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul.
Totem da discórdia. Antes de criar a rede de lojas, o empresário se viu obcecado em encontrar um padrão arquitetônico para o negócio. “A loja tem de ser chamativa e ter personalidade”, diz Hang. A inspiração veio da admiração que ele tem pelos Estados Unidos – país que visitou pela primeira vez em 1989 – e pela cultura empreendedora dos americanos.
Em 1994, a Havan abriu um novo formato de loja em Brusque em um prédio inspirado na arquitetura da Casa Branca, a residência oficial do presidente dos EUA. Na inauguração da loja, uma criança de 7 anos disse a Hang que, para o prédio ficar perfeito, só faltava a Estátua da Liberdade.
O empresário gostou da ideia e colocou uma réplica da estátua americana no local dois anos depois. Desde então, sempre que encontra espaço no terreno, manda construir o monumento. “A estátua acabou virando meu totem”, diz Hang.
O símbolo da Havan, no entanto, está longe de ser uma unanimidade. Em algumas cidades, ele virou motivo de polêmica. Moradores de Bauru, onde a rede abriu sua primeira loja no fim de junho, chegaram a organizar um abaixo-assinado pedindo a retirada da estátua.
O movimento, no entanto, parece não ter ido adiante. A prefeitura informou que, até agora, não recebeu nenhuma petição. O organizador do abaixo-assinado, o advogado Fabio Galazzo, disse que a história “já deu o que tinha que dar” e não quis comentar o caso.
A estátua, portanto, fica. “Uns gostam, outros não. Em Bauru, muitas pessoas me apoiaram na rua e disseram que a estátua é linda. Vários prefeitos me pedem para levar a estátua para suas cidades. Vira ponto turístico”, diz Hang.
A polêmica envolvendo a Estátua da Liberdade em Bauru não foi o único percalço de Hang no processo de levar a rede para além das terras catarinenses. O pedido da Havan de incentivo fiscal para investir no Mato Grosso foi questionado pelo então deputado estadual Ademir Brunetto (PT), que deu início a um bombardeio do varejo local e de sindicatos contra a empresa. “Não concordo com a concessão de incentivos fiscais para o varejo, só para a indústria. A loja vai gerar empregos, mas vai quebrar o comércio local, que também emprega e não recebe desconto fiscal”, disse o deputado á época.

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