CULTURA | Grupo realiza visita de campo pela rota histórica Condeúba e Cordeiros

Imagens: Ana Beatriz

Entre os dias 20 a 22 de junho de 2024 foi realizada uma visita de campo partindo de Vitória da Conquista para as cidades de Condeúba e Cordeiros com a equipe que compõe os projetos, “Manutenção e Modernização do Museu Professora Noêmia Lourenço da Silva” e “Digitalização dos Acervos das Memórias da Cidade de Cordeiros/BA”.

A equipe formada por Yan Roberto, Karine Porto, Leandro Assis, Ana Beatriz e Ednair Rocha visitaram diversos grupos locais históricos e turísticos, como também, participaram de eventos culturais, literários e sociais que estavam acontecendo nas cidades de Condeúba e Cordeiros.

Na cidade de Condeúba houve a participação no lançamento do livro “Coluna Prestes em Condeúba/BA”, organizado pela professora Joandina Maria de Carvalho no dia 20 de junho à noite na Praça Santo Antônio e também na II Feira da Agricultura Familiar e Economia Solidária que acontecerá no mesmo local; Foram visitados a Comunidade Quilombola de Sapé em Condeúba/BA; Igreja Matriz – Paróquia Santo Antônio de Pádua em Condeúba/BA; Paço Municipal em Condeúba/BA; tour histórico no Centro da cidade de Condeúba/BA; Igreja Matriz – Paróquia Senhor da Boa Vida e Nossa Senhora da Soledade em Cordeiros/BA; Casarão de Joaquim Mutti na Fazenda Inhaúmas (Fazenda Alegria – atual assentamento Maria Zilda) em Cordeiros/BA; Casarão de Dona Sinhazinha na Fazenda Inhaúmas em Cordeiros/BA; Casarão de Gustavo Torres na Fazenda Inhaúmas em Cordeiros/BA; Prefeitura de Cordeiros/BA; Câmara Municipal de Cordeiros/BA e tour histórico no Centro da cidade e pela feira livre de Cordeiros/BA.

Essa etapa da pesquisa de campo é de fundamental importância para que o pesquisador tenha contato com a região que se propõe estudar para melhor organizar e difundir a salva guarda de documentos históricos que perpassa pelos acervos fotográficos institucionais e pessoais, pela transcrição das memórias orais das pessoas do lugar, das condições do patrimônio material e imaterial e dos documentos escritos.

Para Karine Porto, diretora de museologia, “a visita técnica foi de extrema importância para o contato com a comunidade que está sendo pesquisada e estudada, e isto é um museu vivo, essas práticas, saberes e fazeres que encontramos nesses dias da viagem de campo. A arte em barro revela saber indígena presente na região de Condeúba e Cordeiros, na feira livre de Cordeiros foi notório percebermos essas peças artísticas.”

Leandro Assis, diretor de acervo documental, “os documentos e acervos pessoais estão dispersos pelas cidades do interior do Estado, por exemplo, manuscritos que contam a história de uma comunidade, e que em muitas vezes se perdem com o tempo, devido a falta cuidado e tratamento. A visita de campo possibilitou esse diálogo com esses documentos com as vivências coletivas das cidades de Condeúba e Cordeiros.”

Ana Beatriz, diretora de mídia do projeto, comenta que “foi uma experiência única, nos permitiu ver de perto a importância de preservar e registrar a cultura e a história para que não se percam com o tempo. Os casarões não são apenas imóveis estáticos, mas são histórias, memórias, infâncias, sentimentos e gerações. Isso deve ser preservado e cuidado, é história que não se pode perder.”

Para Yan Roberto, proponente e coordenador do projeto, “a visita técnica foi produtiva e um momento para mapear e diagnosticar a região, objeto do projeto, para que possamos concluir com sucesso, a fim tenhamos futuros desmembramentos em outros projetos/ações”, e complementa que “pesquisar sobre a memória, história local e patrimônio histórico-cultural demanda um cuidado e atenção, pois essas áreas se inserem no cotidiano, tradições e vivências de uma determinada comunidade, por isso não podemos falar de patrimônio histórico-cultural de Cordeiros/BA, sem compreender os nuances de poder e as relações sociais que estão entrelaçadas nas entrelinhas de um casarão, por exemplo.”

Ednair Rocha, diretora de acervo fotográfico, elenca que “a memória compreende essas memórias como fontes e, para tanto, vem trazer recortes desse material para a construção da história do lugar. Essa oportunidade de estar com as pessoas do lugar nos permite uma troca de experiências que se entrelaçam e se distinguem nas trajetórias das singularidades desse povo. Ao percorrer essas trajetórias trabalhamos para que os olhares se voltem para a salvaguarda dessa documentação primordial para contar histórias desse lugar que mobiliza economias, políticas, cultura, artes, pensamento, trabalho, vidas, desse sertão múltiplo e diverso.”

Este projeto foi contemplado nos Editais da Paulo Gustavo Bahia e tem apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura via Lei Paulo Gustavo, direcionada pelo Ministério da Cultura, Governo Federal. Paulo Gustavo Bahia (PGBA) foi criada para a efetivação das ações emergenciais de apoio ao setor cultural, visando cumprir a Lei Complementar nº 195, de 8 de julho de 2022. | com informações da Ascom.

Mais informações acesse @museunoemia nas redes sociais


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