Dos doze empregadores baianos na chamada lista suja do trabalho escravo, dois são de Vitória da Conquista. Tratam-se dos pecuaristas Paulo Silva, da Fazenda Sândalus, localizada na Lagoa de Melquíades (distrito de Inhobim) e Juarez Antônio Arantes, da Fazenda Sítio Novo, no povoado de Lajedinho, distrito de Limeira.
Também figura na lista a NTR Engenharia, autuada há quatro anos por manter em condições análogas à escravidão cinco trabalhadores durante a construção do ginásio poliesportivo do campus do Ifba em Ilhéus. Além da NTR, a Gráfico Empreendimentos é outra construtora da Bahia apontada na lista, obtida com base na Lei de Acesso à Informação.
A empresa foi flagrada pelo Ministério do Trabalho em 2013. À época, os fiscais do órgão resgataram oito empregados da empreiteira no canteiro de obras do Residencial Caminho do Mar, construído no distrito de Barra do Jacuípe, em Camaçari, através do programa Minha Casa Minha Vida.
Senhores de engenho
O restante da lista suja na Bahia é formado pelos fazendeiros, categoria campeã nacional em trabalho escravo. Dos dez nomes citados na relação, oito têm propriedades no Oeste baiano, o cinturão do agronegócio no estado. Só em Riachão das Neves e São Desidério foram contabilizadas duas ocorrências, cada. Donos de fazenda em Correntina, Luís Eduardo, Barreiras e Cristópolis completam o time.
Segundo o Ministério do Trabalho, todos os casos se referem a empregadores condenados em decisões administrativas de última instância. A publicação da lista tinha sido barrada por diversas vezes na Justiça. A divulgação da chamada “lista suja” do trabalho escravo está suspensa desde o final de 2014, apesar de já liberada judicialmente.
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