Encontro de logo mais fecha ciclo de 30 plenárias de escuta popular por todo o município
Hoje é o dia em que as vozes do povo das Urbis IV e V, Vilas Serrana I a IV, Cidade Maravilhosa, Bateias I e II, Senhorinha Cairo e região serão acolhidas em mais uma plenária do Programa de Governo Participativo.
Elas se juntam às vozes das mais de 6 mil pessoas que participaram dos encontros feitos até aqui, desde março, nos bairros da cidade e distritos rurais. São as vozes de quem quer mudança no comando do município, ajudando a construir – de forma participativa – o plano de governo do pré-candidato Waldenor Pereira (PT). A plenária está marcada para as 19h, na Praça Santa Luzia (Urbis V, entre a Igreja e o Colégio Padre Palmeira).
Comunidades se dizem maltratadas e abandonadas
Por onde a caravana passa, os relatos são de esperança, diante das dificuldades enfrentadas por causa de um governo municipal ausente. “Hoje mesmo minha bisneta foi pra Conquista, a mãe dela levou pra fazer um exame, porque no posto aqui não tem médico. Nós estamos esquecidos na nossa região. A nossa comunidade sofre demais, muito, muito! A gente precisa de alguém que trabalhe, pra poder fazer alguma coisa por nós, com fé em Deus”. Esse foi o desabafo da dona de casa Antônia Dias Santos (dona Loura), 64 anos, moradora de Riachinho I (distrito de Cabeceira da Jiboia), durante a plenária da Limeira, no último sábado (15).
O agricultor Tiago França da Silva, que é morador do Quilombo Lagoa de Melquíades, também falou do descaso do governo municipal com a saúde da população. “Nós temos um posto de saúde que está há mais de quatro anos desativado. Eles vão lá, fazem uma reforma, mas a gente não tem atendimento no posto! Então, o pessoal tem que se deslocar 13 km para o distrito pra ser atendido e passar praticamente o dia todo lá, porque só tem carro bem cedo e depois só mais tarde, pra voltar”. Ainda segundo Tiago, “uma parte da comunidade está, também, há quatro anos sem agente de saúde”.
Já no domingo (16), quem soltou a voz foi o pessoal de Campinhos e Simão. “Existe uma unidade de saúde que, na prática, ela não funciona. Não existe medicamento, médico é só uma ou duas vezes na semana. E na propaganda, a prefeita coloca como se fosse uma das melhores unidades que tem dentro da cidade!”, denunciou a confeiteira Ana Cláudia Pereira de Oliveira, 37 anos, moradora do condomínio Campo Verde.
Ouvir o povo pra fazer melhor
“Este time escuta o povo. Nosso papel aqui é ouvir e fazer da fala de cada um, o nosso compromisso. E por onde a gente anda, ouve que não tem agente de saúde, que quando tem postos, estão precarizados, que faltam médicos e medicamentos”, destaca a pré-candidata a vice-prefeita Luciana Santos (PSB). “Infelizmente, nossa saúde municipal saiu dos prêmios nacionais e internacionais, das épocas de Guilherme e Zé Raimundo, para as páginas policiais agora”, compara, lembrando a operação da Polícia Federalsobre desvios de dinheiro público na Secretaria Municipal de Saúde, durante a pandemia.
O ex-prefeito Guilherme Menezes destaca que ouvir as pessoas sobre os problemas nas comunidades é fundamental para decidir melhor. “Eu lembro do falecido seu Niga, morador antigo aqui dos Campinhos, que nos deu a ideia de fazer um canal para escoar a água da chuva para os dois riachos que têm aqui. Pois nós o ouvimos, fizemos o projeto de 3 pontilhões e um canal, levamos pra Brasília e foi aprovado e construído. A partir daí, Campinhos nunca mais alagou! Foram tempos de grandes avanços graças à participação da população. Quem fica só lá no gabinete, não sabe”.
“As caravanas do PGP nos trouxeram o que queríamos: o olhar das pessoas das comunidades sobre os problemas que elas enfrentam e as soluções que precisam para esses problemas. É com essa participação ativa de quem sabe onde o calo aperta, que estamos construindo um programa de governo pra cuidar das pessoas, especialmente de quem mais precisa, e mudar a cara da nossa cidade”, destaca o pré-candidato a prefeito Waldenor Pereira (PT).
Serviço
O que: Plenária da Caravana Fala Aí, Conquista!
Quando e onde: Hoje, às 19h, na Urbis V (Praça Santa Luzia, entre a Igreja e o Colégio Padre Palmeira)
