Sheila Lemos (União Brasil) foi reeleita prefeita de Vitória da Conquista no último domingo, 6 de outubro, com 58,83% dos votos válidos, seguida por Waldenor Pereira (PT), que ficou em segundo lugar com 26,74%, Lúcia Rocha, com 11,14%, e Marcos Adriano, com 3,29%.
Depois de um final intenso entre carreatas e votações, a prefeita Sheila Lemos reservou a manhã desta segunda-feira (7) para atender a imprensa em coletiva, realizada num hotel da cidade. Em poucas palavras, a gestora voltou a destacar que seu governo seguirá a linha de continuidade, mas com ajustes e a incorporação de novos partidos à sua base de apoio.
Ela afirmou que as alianças formadas durante a campanha serão consultadas para definir os próximos passos de sua gestão. “Vamos conversar com todos os partidos para a gente tomar as decisões do próximo governo”, disse. Ela não descartou uma mudança em parte do seu secretariado.
Ao lado da sua mãe, Irma Lemos e do vice-prefeito eleito, Dr. Aloísio Alan, a prefeita destacou os próximos passos políticos, o que inclui sua defesa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Mesmo com 58,83% dos votos no primeiro turno da eleição municipal de Vitória da Conquista, a atual prefeita Sheila Lemos (União Brasil) ainda não pode ser oficialmente declarada eleita. A prefeita enfrenta um processo de inelegibilidade, mas entrou com recurso para tentar reverter a decisão.
“58,83% dos conquistenses votaram no projeto. Então, nós protocolamos um recurso hoje no TSE. Vamos aguardar esse resultado para a gente poder decretar minha eleição. Mas sabemos que temos um processo pela frente, que vamos enfrentar. Nós fomos às ruas, mostramos esse projeto, a população confiou nesse projeto, votou, foi referendado pelo povo, agora é com o jurídico”, declarou.
A vitória está sub judice devido à decisão do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA), que indeferiu sua candidatura no último dia 16 de setembro.
A questão judicial gira em torno de um suposto terceiro mandato consecutivo da mesma família, o que violaria a legislação eleitoral. Irma Lemos, mãe de Sheila, foi vice-prefeita entre 2017 e 2020, e ocupou a prefeitura interinamente em 2020, após o então prefeito Herzem Gusmão, reeleito naquele ano, ser internado devido à Covid-19.
Com a morte de Herzem em março de 2021, Sheila, que era sua vice, assumiu o cargo de forma definitiva. A oposição alega que a atual prefeita estaria, assim, exercendo o terceiro mandato consecutivo da mesma família.
O Tribunal Superior Eleitoral ainda não definiu uma data para o julgamento do recurso. Até lá, os votos de Sheila continuam como “anulados sub judice”, e o futuro político de Vitória da Conquista segue indefinido.
A coligação de Sheila, “Conquista Segue Avançando”, foi formada pelos partidos União Brasil, Partido Democrático Trabalhista (PDT), Partido Liberal (PL), Progressistas, Republicanos, Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), Cidadania e Partido Renovação Democrática (PRD).
Em relação à nova composição da Câmara de Vereadores, que deve garantir uma maioria para o seu governo, Sheila se mostrou otimista e confiante na relação entre o Executivo e o Legislativo. “A gente acredita que vamos fazer um bom trabalho, vamos conversar bastante, verificar o que pode ser feito”, destacou.
Pelo menos 11 vereadores – dos 23 que irão compor o legislativo – devem formar a base aliada da prefeita Sheila Lemos. São eles Diogo Azevedo (União Brasil), Dudé (União Brasil), Adinilson Pereira (União Brasil), Ivan Cordeiro (PL), Dinho dos Campinhos e Simão (Republicanos), Subtenente Muniz (PDT), Doutora Lara (Republicanos), Márcio de Vivi (PSD), Bibia (União Brasil), Nelson de Vivi (PSDB) e Edivaldo Ferreira Júnior (PSDB).
A prefeita também afirmou que possui compromisso em fazer mais melhorias para a cidade, enfatizando a importância de Vitória da Conquista no cenário nacional. “Já é uma das melhores cidades do país para se viver, está entre as cem cidades e o nosso compromisso é colocá-la no topo. Queremos Conquista como referência de bem-estar e de qualidade de vida no país”, finalizou.
