CONQUISTA | Prefeitura quer controlar pandemia por decreto

Sem novas ações efetivas de combate ao avanço da Covid-19, em Vitória da Conquista, a Prefeitura se restringe á edição de decreto, sem qualquer novidade. Foi o que ocorreu nesse domingo, 13, com a publicação de mais um documento, assinado pelo prefeito Herzem Gusmão (MDB).

A Prefeitura garante que os indicadores utilizados para o nosso plano de reabertura do comércio  de  Vitória  da  Conquista  indicam  que  podemos manter a quinta fase do protocolo que reabertura, visto que a situação está controlada e que medidas de prevenção estão sendo adotas em todas as atividades comerciais sendo devidamente fiscalizadas pelo poder público municipal.

Na contramão da queda no número de mortes e de casos na Bahia, o município registrou, nas últimas 24 horas, 85 novos casos da Covid-19, totalizando 6.267 casos confirmados em mais de seis meses de notificações, com 120 mortes pela doença.

Mais 38 novos casos foram confirmados no sábado. Ao todo, a Secretaria Municipal de Saúde registrou, até o momento, o total de 6.182 casos de pessoas diagnosticadas com a doença, sendo que 5.725 delas já estão recuperadas. Outras 337 ainda apresentam sintomas e continuam em recuperação – 22 internados e 315 em tratamento domiciliar.

5.488 pacientes notificados com suspeita de Síndrome Gripal/Covid-19 estão aguardando por classificação final, dos quais: 3.816 esperam pela investigação laboratorial e 1.672 pelo resultado laboratorial de exame RT-PCR das amostras enviadas ao Lacen Estadual e também Municipal.

AGLOMERAÇÕES – Sem fiscalização eficiente por parte do município, é comum o registro de aglomerações em todas as partes do município, sem contar com estratégias de alguns comerciantes em driblar o rodízio de funcionamento, principalmente nas grandes lojas do centro comercial.

Comerciantes também reclamam do que consideram fiscalização seletiva em bares. “Somente os pequenos é que sofrem”, desabafa um dono de bar, no Bairro Brasil.

Além de manter a quinta fase de reabertura gradual das atividades econômicas dos estabelecimentos comerciais, nesse Decreto  N.º 20.530 o prefeito libera as Instituições de Ensino Técnico para ministrar aulas práticas e delega a motoristas e cobradores do transporte coletivo a fiscalização do uso de máscaras. 

Estes dois pontos são controversos e discordantes. “É como se a gente tivesse a responsabilidade de questionar o passageiro sobre ele usar ou não a máscara, quando na verdade a fiscalização cabe ao município, pois já tivemos diversos casos de agressão e resistência de pessoas que não acatam a voz do motorista ou do cobrador”, garante um funcionário de empresa de ônibus.

O decreto ressalva que, para a volta às aulas práticas, a vigilância sanitária deve aprovar um protocolo específico contendo as medidas adotadas pela instituição para reduzir os riscos de contaminação. Não há qualquer protocolo ainda. “São informações vagas, que não nos fornecem segurança para essa retomada, então optamos por aguardar antes de retomarmos as aulas”, contou o diretor de uma instituição de ensino.


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