CONQUISTA | Prefeitura proíbe servidor de aderir à greve geral


A Prefeitura de Conquista ameaça punir com medidas administrativas os servidores que aderirem à greve geral contra a Reforma da Previdência , convocada para essa sexta-feira, 14, em todo o País.
Em ofício encaminhado à direção de cada um dos três sindicatos de servidores municipais, o secretário municipal de Administração, Kairan Rocha Figueiredo, destaca que a sua pasta “não é condizente com tal manifestação”. O Sudoeste Digital teve acesso à cópia dos documentos.

Ainda segundo o comunicado assinado por Figueiredo, as atividades administrativas serão mantidas e que “medidas administrativas serão tomadas em relação aos servidores que faltarem em seu local de trabalho”.

Exceto o Simmp (VEJA NOTA ABAIXO), os demais sindicalistas ainda não se manifestaram a respeito do ofício, mas fontes ligadas aos órgãos sustentam que a participação na greve está mantida.

SERVIDOR NA RUA

Fontes ligadas à Prefeitura garantem que as medidas anunciadas pela gestão Herzem Gusmão acontecem por temor da adesão em massa e que, por isso, servem para “minar a participação em grane número dos servidores”, quando os sindicatos dos Servidores Municipais (Sinserv), do Magistério Municipal Público (Simmp) e dos Agentes Comunitários de Saúde e Endemias (Sindacs) levaram cerca 4 mil pessoas às ruas de Vitória da Conquista, na manhã de quinta-feira, 6.

A vereadora Nildma Ribeiro (PC do B), vice-presidente da Câmara Municipal, se manifestou por meio de nota pública:

Prefeitura de Vitória da Conquista, ameaça os servidores municipais que aderirem a Greve Geral desta Sexta-Feira, 14 de março.

A Greve Geral, programada para amanhã em todo país, será pela luta do direito a aposentaria e contra a Reforma da Previdência. Portanto, uma pauta que atinge todas as categorias trabalhistas e é de extrema relevância para a sociedade como um todo.


Negar o direito à greve é algo absurdo, pois o ato é um mecanismo de luta dos trabalhadores e está previsto na Constituição Federal e legislação Infraconstitucional – Lei 7.783/1989.


 A Lei citada assegura o direito de greve a todo trabalhador, competindo-lhe a oportunidade de exercê-lo sobre os interesses que devam por meio dele defender.


Repudiamos essa ação de coerção por parte do Governo Municipal, que visa enfraquecer o movimento e impedir os trabalhadores de lutarem pelos seus direitos. A Greve Geral  é importante pois precisamos gritar NÃO contra a Reforma da Previdência que atingirá todos os trabalhadores desse país.

#AvanteTrabalhadores
#DeixemosTravalhadoresDecidirem
#RepudioaDecisãodaPMVC
#GreveGeral14deJunho
#TodosasRuas
#VereadoraNildmaRibeiro


NOTA DE REPÚDIO AO GOVERNO MUNICIPAL


O Sindicato Municipal do Magistério Público (SIMMP) repudia veementemente a postura do governo municipal de Vitória da Conquista que, nesta quarta-feira (13/06), encaminhou ofício aos três sindicatos representantes dos servidores públicos municipais, ameaçando “a tomada de medidas administrativas em relação aos servidores que faltarem em seu local de trabalho”.


Exigir que professores, profissionais da educação em suas mais diversas atividades, funcionários e alunos mantenham-se amordaçados, ouvindo, inertes, a mensagem de líderes, que proclamam e se orgulham de uma política educacional e trabalhista que fere direitos consolidados, num ato de desrespeito às diversidades e garantias constitucionais, como as previstas no artigo 5º, que dispõe sobre a “livre manifestação de pensamento” e “liberdade de reunião”, é uma inaceitável afronta e grave descumprimento de lei.


O direito de manifestar é constitucionalmente garantido, podendo ser realizado em qualquer lugar do país. Não é necessário autorização para realizar o ato, basta apenas aviso prévio às autoridades. A liberdade de reunião, protegida e assegurada pela Magna Carta, diz respeito a uma variedade de enfoques, seja liberdade de reunião por pensamento, religiosa, política, social, filosófica, científica e não pode ser censurada por um governo municipal antidemocrático e que já não esconde sua face ditatorial.


É lastimável que se subestime e ignore a capacidade e esforços dispendidos por estes profissionais, comprometidos com a formação escolar, cultural e de cidadania dos conquistenses na esfera Municipal e ainda intente numa clara tentativa de intimidação e retaliação.


Assim como ensinou o PATRONO da educação brasileira, Paulo Freire, “precisamos contribuir para criar a escola que é aventura, que marcha, que não tem medo do risco, por isso que recusa o imobilismo. A escola em que se pensa, em que se cria, em que se fala, em que se adivinha, a escola que apaixonadamente diz sim à vida”.

O SIMMP acredita na Unidade Sindical, se solidariza a todos os sindicatos das categorias municipais e confirma participação na Greve Geral deste 14 de Junho, manifestando seu repúdio e indignação.

RELEMBRE
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