O prefeito eleito de Vitória da Conquista, no sudoeste baiano, Herzem Gusmão (PMDB), afirmou que haverá corte de gastos na prefeitura, quando assumir a função, em janeiro de 2017. Segundo Herzem, a folha de pagamento da prefeitura de Vitória da Conquista chega a R$ 24 milhões, e que tem quase 9 mil funcionários. “Muitas cidades na Bahia não têm essa população”, afirmou. Gusmão ainda defendeu cortes drásticos nos cargos de confiança, com possibilidade de cortar de 50% a 60%, e diz que reduzirá o número de secretarias. Atualmente, existem 19 secretárias, mas o prefeito eleito quer reduzir a quantidade para 12 a 14 pastas. A equipe de transição instalada ainda estuda a situação dos terceirizados da prefeitura e o pagamento de alugueis, que gira em torno de R$ 500 mil reais. O novo prefeito quer saber qual a funcionalidade dos prédios alugados. Para ele, o corte é algo “natural”, pois todos os gestores brasileiros estão pregando “austeridade”, porque o “Brasil mudou”. Também disse que o juiz Sérgio Moro é um herói nacional, e que a sua gestão terá critério na utilização de recursos públicos e cuidados extremos nas licitações, com conselhos revigorados e não comandados pelo gestor. Ele diz que manterá todos os bons projetos do PT na cidade, mas diz que são “bem poucos”. Herzem ainda cita um estudo de uma ONG mexicana que aponta Vitória da Conquista como uma das 50 cidades no mundo em violência, mas que o relatório teve pouca repercussão na imprensa. A declaração foi dada durante o seminários de prefeitos eleitos da Bahia, em Salvador, que aconteceu na manhã desta segunda-feira (5).