CONQUISTA | Para eleição acabar no 1º turno vencedor poderá precisar de mais de 103 mil votos; veja as hipóteses

 

Nas três eleições com dois turnos em Vitória da Conquista nenhum candidato conseguiu vencer no primeiro. Em 2012, Guilherme Menezes chegou aos 49,12% dos votos (77.061) e teve que disputar o segundo com Herzem Gusmão, que conseguiu 40,24%, 63.130 votos. Guilherme obteve mais 14.011 e elegeu-se pela quarta vez com 56,28%.

Em 2016, foi Herzem o mais votado no primeiro turno, com 78.455 votos ou 47,82% dos votos válidos, ficando Zé Raimundo em segundo lugar, com 51.989 votos, ou 31,69%. No turno seguinte, Herzem venceu com 95.710 votos.

E em 2020, as posições no primeiro turno se inverteram, com Zé Raimundo na frente, ao obter 47,63% (81.721 votos) e Herzem depois, com 45,89% ou 78.732 votos. No segundo turno, Herzem virou, alcançou 97.364 votos e foi reeleito.

Dois cenários

E para 2024, qual a projeção? Para responder, vamos considerar duas hipóteses.

Para chegar à primeira projeção dos votos necessários para garantir a eleição ainda no primeiro turno, o BLOGconsiderará a média da soma de abstenção, votos nulos e votos brancos nos primeiros turnos das eleições municipais de 2012, 2016 e 2020, aplicada sobre o eleitorado deste ano.

De acordo com o TSE, o eleitorado de Vitória Conquista é de 257.784 eleitores, 11,5% a mais que em 2020. Mantendo-se a abstenção média das últimas três eleições, 206.562 comparecerão às urnas. Assim, como hipótese inicial, quem almeja se eleger no primeiro turno precisará de pelo menos 93.759 votos, metade mais um dos 187.517 votos válidos projetados. Chegamos a eles, primeiro subtraindo a abstenção média de 19,87% do total de eleitores e depois diminuindo os votos brancos e nulos do resultado encontrado (206.562).

A segunda hipótese para calcular a projeção de votos necessários para vencer no primeiro turno em Vitória da Conquista considerará que, desde 2016, a abstenção e os votos inválidos (nulos e brancos) vêm diminuindo, sendo registradas no segundo turno da eleição presidencial de 2022 a menor abstenção histórica de Vitória da Conquista (16,05%) e a menor quantidade de votos nulos e brancos (4,66%), desde sempre no município.

Tomando como base a abstenção verificada naquela eleição e os percentuais de nulos e brancos na mesma faixa, o candidato que quiser se eleger no primeiro turno precisará de muito mais votos do que o número obtido na primeira conta (que considerou a média das três últimas eleições de prefeito).

No segundo turno da eleição de 2022, o eleitorado conquistense era de 252.116 votantes, a abstenção foi de apenas 16,05%, os votos nulos 3,25% e os brancos 1,41%, somando 4,66%, tendo como resultado final 201.978 votos válidos (95,34%).

Utilizando os mesmos percentuais – sem considerar a tendência de aumento do comparecimento do eleitor e de diminuição de nulos e brancos -, podemos chegar a 206.326 votos válidos, elevando para 103.163 os votos necessários para eleger o prefeito ou a prefeita de Vitória da Conquista nesta eleição.

APENAS PROJEÇÕES

Os cálculos apresentados são apenas projeções, não são prognósticos. Apenas um exercício do BLOG como contribuição às avaliações dos leitores. A realidade pode alterá-las significativamente, assim como outros pontos de vista e outras formas de cálculo, feito por qualquer pessoa, podem ser diferentes.

O atual clima eleitoral, e o já sinalizado aumento das tensões entre os lados concorrentes, pode pode desestimular os eleitores, levando ao aumento dos votos nulos e brancos, dos contrariados, o que pode alterar muito a quantidade de votos válidos e jogar por terra toda projeção. | Blog do Giorlando Lima.


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