Um dos graves problemas de saúde pública em Vitória da Conquista é a situação dos animais abandonados. Sem o Centro de Zoonoses, os animais ficam soltos pelas ruas em diferentes bairros da cidade, em portas de estabelecimentos comerciais e na Estação de Transbordo.
Como o Blog do Sena noticiou na segunda-feira (11), entra ano e sai ano e o problema continua. Além dos riscos de transmissão de doenças e de ataques à população, os animais também sofrem sem alimentação adequada e os cuidados necessários que todo animal deve receber. As informações são do Blog do Sena e foram confirmadas pelo Sudoeste Digital.
Infelizmente, um cachorro de rua atacou uma moradora, no bairro Candeias. A leitora disse que foi passear com sua cachorra na rua da sua casa e foi atacada por um cachorro. “Eu avistei o cachorro, vi que ele vinha em direção a minha cachorra e peguei minha cachorra no braço. Quando eu abaixei e peguei ela no colo, o cachorro já veio latindo e deu um pulo em cima de mim”, disse a leitora.
A mulher teve ferimentos no braço e ficou bastante machucada. Ela precisou ir até uma Unidade de Saúde para avaliar a gravidade dos ferimentos. Segundo ela, no Hospital foi informado que os casos de mordida de cachorros de rua aumentaram na cidade.
Após o ataque, a moradora revelou que vai entrar com um processo judicial contra a Prefeitura de Vitória da Conquista. “Precisa ser tomada uma providência. Graças a Deus só estava eu neste momento, mas se tivesse minha filha de 3 anos poderia ter acontecido uma tragédia muito maior. Assim como nós, donos de cachorros, somos responsabilizados caso eles ataquem alguém, a Prefeitura também deverá, uma vez que os animais de rua são de responsabilidade dela”, explicou.
Cerca de 10 mil animais foram abandonados e vivem nas ruas de Vitória da Conquista. O problema se agrava porque o tão sonhado Centro de Zoonoses nunca sai do papel. O equipamento é uma das promessas de campanha do ex-prefeito Herzem Gusmão e herdada por Sheila Lemos.
Vitória da Conquista é a única cidade do Brasil com mais de 200 mil habitantes que não possui um Centro de Zoonoses. O equipamento é uma unidade de saúde pública cuja atribuição é prevenir e controlar as zoonoses, desenvolvendo sistemas de vigilância sanitária, epidemiológica e ambiental.
