CONQUISTA | Júri do caso Hiago foi adiado por causa da greve dos defensores públicos


Nesta quinta (20), estava previsto para ocorrer um dos julgamentos mais esperados pela população de Vitória da Conquista, no Fórum João Mangabeira. O caso envolve o assassinato de Hiago Evangelista Freitas, motorista de aplicativo e estudante de Odontologia, que foi esfaqueado e queimado vivo em 2019. O caso gerou muita mobilização, inclusive por parte da categoria de motoristas, da qual Hiago fazia parte.

No entanto, o julgamento foi adiado por falta de profissionais disponíveis para fazer a defesa dos suspeitos, uma vez que está em curso uma greve dos defensores públicos da Bahia, organizada pela Associação das Defensoras e Defensores Públicos do Estado da Bahia (Adep-BA). De acordo com a Vara do Júri, dia 9 de julho será a nova data para que os suspeitos sejam julgados.

Os réus, Rodrigo Porto Oliveira Silva, de 27 anos, conhecido como Playboy, e Alexandre Cruz Brito, de 26 anos, conhecido como Parcker ou Xande, enfrentariam a justiça pela morte de Hiago. De acordo com as investigações, ambos confessaram ter assassinado Hiago a mando de um presidiário que buscava vingança, acreditando que Hiago estava se relacionando com sua companheira.

Inicialmente, Rodrigo e Alexandre alegaram que o crime foi motivado por uma suposta dívida de R$ 2,5 mil que Hiago teria com o tráfico. No entanto, investigações posteriores desmentiram essa versão. “Verificamos que Hiago foi morto porque deu em cima da namorada de um traficante de drogas que está preso no Conjunto Penal de Vitória da Conquista”, informou o delegado Marcus Vinícius de Morais, então titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

O intermediário da negociação para a execução do crime foi identificado como Micael Souza Queiroz, membro da facção criminosa TD3, que atua na zona leste de Conquista e tem ligações com o Bonde do Maluco (BDM). Hiago foi brutalmente assassinado, recebendo múltiplas facadas e sendo queimado ainda vivo. Seu carro, um Onix preto, foi encontrado abandonado no Bairro Alto Maron, zona leste de Conquista.

A expectativa pelo julgamento do caso Hiago era alta, visto que a população de Vitória da Conquista aguarda por justiça há anos. A violência e a brutalidade do crime chocaram a comunidade, que agora precisa aguardar uma nova data para que os suspeitos enfrentem o tribunal.


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