CONQUISTA | Inverno e São João impulsionam produção do biscoito de polvilho

Seja na casa da avó ou nas barraquinhas da feira livre, a produção do biscoito de polvilho se tornou um dos símbolos da culinária de Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia. Nas entrelinhas da mesa de cada cidadão, o item cumpre o papel de ser um alimento versátil, prático e normalmente associado a sensação de hospitalidade. A referência, inclusive, se estende por todo o estado desde que a cidade foi reconhecida como a capital do biscoito por um decreto publicado em 2024.

A chegada do inverno e os festejos juninos, aliás, impulsionam a produção do biscoito de polvilho na região. De acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), a estimativa de produção é de 4 mil toneladas ao ano, sendo em torno de 40 fábricas artesanais atuando na cidade. O segmento de biscoitos gera uma movimentação econômica de mais de R$ 70 milhões na região de Vitória da Conquista, considerando apenas o seu elo de fabricação. Isso reafirma a sua posição não apenas como um petisco saboroso, mas também como uma peça fundamental da hospitalidade e tradição de Vitória da Conquista.

 



					Inverno e São João impulsionam produção do biscoito de polvilho na BA
​Foto: Divulgação

Dona Zinha é uma das comerciantes que compõe os três pavilhões dedicados à venda de biscoitos na feira do Ceasa, em Vitória da Conquista. De acordo com ela, as festas de São João são responsáveis por um aumento expressivo na demanda de exportação: “toda vez que chega o São João a nossa demanda aumenta muito e o estoque precisa ser dobrado para atender todos os pedidos que vem daqui e de fora”, afirma a vendedora.

Com aproximadamente 600 varejistas, a produção e venda dos biscoitos movimentam não só o setor alimentício, mas também fortalecem o comércio varejista da cidade, gerando empregos e contribuindo para o desenvolvimento econômico da região. Estima-se a produção de mais de 130 tipos de biscoitos que se diferenciam pelos ingredientes, formatos, sabores, cheiros, nomes, cores, etc.

Para os consumidores, a tradição é oferecer o biscoito de polvilho acompanhado de um bom café, criando um ambiente aconchegante e convidativo. “Eu nunca deixo faltar em casa, estou sempre reabastecendo, principalmente para ter o que oferecer para as visitas”, comenta Rosenilda Cova, dona de casa e consumidora assídua dos biscoitos.

Biscoito de polvilho: qual a diferença entre chimango, avoador, e xiringa?

Biscoito Avoador



					Inverno e São João impulsionam produção do biscoito de polvilho na BA
Foto: Isamara Amâncio / Reprodução / YouTube

Popular na Bahia, o avoador é um tipo de biscoito de polvilho tradicional do Nordeste do Brasil. Ele é conhecido por sua textura leve e crocante. E pelo seu formato mais comprido. Feito com polvilho, óleo, ovos e sal, o avoador é assado até ficar bem crocante e arejado.

Chimango



					Inverno e São João impulsionam produção do biscoito de polvilho na BA
Foto: Receitas Globo / Reprodução

Chimango é um tipo de pão ou biscoito típico do sul do Brasil. Na Bahia, ele é feito com farinha de trigo, banha de porco, fermento e sal, sendo o seu diferencial a textura densa e um sabor ligeiramente salgado.

Xiringa



					Inverno e São João impulsionam produção do biscoito de polvilho na BA
Foto: Receitas da Laurinha / Reprodução / YouTube

A xiringa, também conhecida como biscoito de polvilho, é bastante popular em Minas Gerais e na Bahia. Na receita, ela costuma levar polvilho azedo ou doce, óleo, ovos e sal. O seu diferencial está no formato arredondado, sendo a única característica que o difere do Avoador. | conteúdo postado originalmente em iBahia.


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