CONQUISTA | Idoso relata ter recebido vacina trocada durante aplicação da 2ª dose do imunizante contra a Covid-19


O aposentado Ânor Alves de Oliveira, morador de Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia, relatou ter recebido a vacina trocada durante aplicação da segunda dose do imunizante contra a Covid-19.

A denúncia inicial foi feita pela vereadora Viviane Sampaio (PT) que, mesmo apresentando provas, foi rebatida pela Secretaria Municipal de Saúde. A parlamentar reagiu e desafiou a gestão a apresentar o contraditório. (RELEMBRE)

“A nota enviada à imprensa pela Prefeitura de Vitória da Conquista sobre erros na vacinação de segunda dose não condiz com a verdade. Posso afirmar isso porque tenho provas e conhecimento dos fatos que ocorreram quando constataram o erro e as atitudes equivocadas que foram tomadas pela equipe da Secretaria de Saúde”, disse, em nota.

“A falta de transparência será denunciada ao Ministério Público Federal pelo nosso mandato, a quem cabe investigar o ocorrido. E, mais uma vez, reforço: ao ir tomar a segunda dose da vacina, verifique se o fabricante é o mesmo da sua primeira dose”, concluiu.

No dia 24 de março, o idoso recebeu a primeira dose da CoronaVac, do Instituto Butantan. Já a segunda dose, que foi aplicada 28 dias depois, foi da AstraZeneca, produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

“Depois que ela aplicou, ela olhou meio assustada e eu perguntei o que foi. Ela falou que parece que tinha aplicado errado, foi a de Oxford, em vez de ser a Butantan”, relatou o idoso.

Apesar do susto, ele disse que não sentiu nenhuma reação após a troca das vacinas, porém, deseja saber se está imune ao novo coronavírus.

Segundo o Ministério da Saúde, mais de 16 mil pessoas receberam a primeira e segunda doses da vacina de laboratórios diferentes.

Em Vitória da Conquista, três casos de vacinas trocadas foram registrados até esta sexta-feira (30), segundo a Secretaria de Saúde do Município. A secretaria ainda informou que os casos estão sendo monitorados pelo município.

Conforme relatou o aposentado, ele foi ao posto de saúde para fazer uma notificação sobre o caso. No entanto, 10 dias após o procedimento ele não recebeu nenhuma ligação ou visita de algum membro da Saúde.

De acordo com o infectologista Eder Gatti, a eventual troca é considerada um erro de vacinação.

“Uma vez que o indivíduo começa o esquema de vacinação com uma dose de um determinado fabricante, ele deve fazer a segunda dose do mesmo fabricante”, explicou o médico.

Ainda segundo o infectologista, a troca não oferece riscos à saúde, mas alertou que cada caso precisa ser avaliado. | com informações adicionais e reprodução de imagem (2) da Rede Bahia.


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