CONQUISTA | Grupo Alta Frequência Rap divulga o seu primeiro álbum autoral em pocket show

Jamile Duarte (Especial para o Sudoeste Digital) – O
grupo Alta Frequência Rap realizou um pocket show nessa sexta-feira,27,  na Casa de
Curió em Vitória da Conquista, para divulgar o seu primeiro álbum autoral Sinestesia.


Formado pelos adolescentes Ryã Mc e Akil de Cordeiros, sudoeste da Bahia, o grupo marcou o
início do Alta Frequência ao cantar músicas de cunho social, onde temas politizados
como machismo, racismo e escravidão foram debatidos, além de evidenciar todos
os estilos do Rap.
Na
abertura, foi realizado um recital do poema autoral “Sou eu, bicho papão” de
Sara Barros. Logo em seguida, Ryã Mc e Akil de 17 e 18 anos, respectivamente,
subiram ao palco cantando faixas acústicas do trabalho autoral, e também, em
conjunto com o DJ Mutano. 



Em sintonia e entrosamento, os meninos que iniciaram
o grupo por meio de um trabalho escolar, trazem nesse álbum uma mistura de
sensações para proporcionar a todos uma verdadeira sinestesia. De acordo com
Nivaldo, pai de Akil, os rappers são “uma semente no mercado enquanto música e
entretenimento”.


O
álbum Sinestesia nasceu com o intuito de mostrar a todos o que o Rap pode ser,
ritmo e poesia. O trabalho possui 11 faixas com composições que abordam temas
de protestos e, também, sentimentos diversos. Segundo Akil, “o Rap nasce como
uma forma de protesto e proporciona que pessoas de periferias sejam ouvidas,
coisas que a mídia às vezes pode ocultar. Mas o Rap traz com toda força para
todo mundo ouvir”. 
Músicas como “Escolta” podem ser acessadas pelo canal Alta
Frequência Rap no YouTube e em outubro o álbum completo será lançado em todas
as plataformas digitais. Já no dia 2 de novembro será o show de lançamento do
álbum no evento de Hip Hop com outras participações a ser realizado no Centro
de Cultura Camillo de Jesus Lima.
Em
coletiva, o grupo contou que algumas composições são feitas em conjunto e que falar de temas impactantes já se tornou natural. 
“A gente passa um pouco da
visão do que a gente sente, vê e percebe”, relata Ryã. Já em relação a
inspirações para compor o álbum e também referências que levam para a vida, Akil
afirma: “como gente tem a questão da sinestesia, a gente escreve de tudo e
também escuta de tudo. Então, dentro do cenário do Rap, a gente escuta desde Luiz
Lins até Froid”.
O
Alta Frequência, mesmo vindo de cidade pequena e promovendo eventos em
Conquista, relatou que o cenário na região ainda é pequeno, mas sabem bem onde
quer chegar. “A gente sabe que a nossa região está fora do eixo no mercado do
Hip Hop, mas por onde a gente vai passar, vamos deixar nossa pegada. 
Na nossa
cidade a gente já deixou e na cidade vizinha à nossa fizemos o primeiro evento
de Hip Hop, fomos os revolucionários, modéstia parte. Deixamos a nossa marca.
Em Conquista, também queremos deixar e por onde a gente passar, vamos tentar”,
conta Ryã.

em relação as expectativas do grupo para o evento de Hip Hop, dia 2 de novembro
no Centro de Cultura, ambos relatam que o Alta Frequência pretende tirar a
rotulação da marginalidade do Rap e levar o show para esse espaço será muito
somativo. 
Akil afirma que o Rap possui um público que vem crescendo e o álbum
Sinestesia tem o intuito de agradar ainda mais pessoas. “Queremos mostrar um
pouco de cada face da gente”, completa Ryã. |
Imagens 1 e 2 (Jamile Duarte/Sudoeste Digital) 3 e 4 (Divulgação.

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