Os baianos que vivem sonhando com as chaves da casa própria vão ganhar mais uma chance de realizar o desejo imobiliário ainda em junho. Isso porque a Caixa Econômica Federal realiza, entre 25 de junho e 4 de julho, o 1° Feirão Digital Caixa da Casa Própria, que, de acordo com especialista ouvido pela reportagem, deve estar recheado de oportunidades com preços abaixo do que se vê, normalmente, no mercado imobiliário.
Em território nacional, serão ofertados cerca de 180 mil imóveis com a participação de mais de 600 construtoras. Procurada, a Caixa informou que ainda não tem a informação de quanto desses estão em território baiano.
A estimativa, porém, é animadora. Só em imóveis registrados pela Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia (Ademi-Ba), que inclui residências de Petrolina, em Pernambuco na conta, há mais de 4 mil apartamentos e casas com valores a partir de R$ 90 mil em Salvador e Região Metropolitana, Santo Antônio de Jesus e Vitória da Conquista.
Na capital baiana, os imóveis são distribuídos pelos bairros da Barra, Cabula, Imbuí, Caminho das Árvores, Horto, Piatã, Pituba, Itapuã, Graça, Jardim das Margaridas e Stella Maris. Em Lauro de Freitas, há unidades em Buraquinho e Jardim Tarumã. Em Camaçari, os bairros contemplados são: Abrantes, Jardim Limoeiro e Avenida Jorge Amado. No Litoral Norte, os imóveis disponíveis estão localizados em Guarajuba e Baixio.
Chance de ouro
O Feirão vai permitir que o cliente faça a escolha do imóvel na plataforma do evento, realize a simulação do financiamento e seja atendido por correspondentes do banco via chat. Para Edísio Freire, economista e educador financeiro, o evento é uma oportunidade de ouro para quem estiver pronto para fazer o investimento na casa própria.
“Esse ano vamos ver um feirão que deve vir com muitas novidades em termos de taxas e preços interessantes, que, normalmente, estão abaixo do que se encontra no mercado. Mas o ponto central é aproveitar a oportunidade por estar dentro de um planejamento”, afirma.
Edísio também alerta que a compra de um imóvel é muito diferente da compra de produtos comuns, que se compram no dia a dia. Segundo ele, deve-se estar atento aos gastos implicados no processo de compra de uma residência.
“É um bem de alto valor agregado, que normalmente é um compromisso de longo prazo. Por isso, é preciso ter em mente os custos da aquisição como taxas, impostos e transferência de imóvel. É importante se informar sobre isso para não ter surpresas e sofrer com isso”, alerta Freire, que salienta que as penalidades financeiras para quem deixa de cumprir com o pagamento podem ser perversas, como a perda do imóvel após três meses de inadimplência em casos de financiamento.
Renegociação
A coletiva que anunciou o feirão e que contou com a presença de Pedro Guimarães, presidente da Caixa Econômica, não só trouxe boas novas para quem quer obter um imóvel, mas também para quem já realizou essa etapa e está na fase de pagamento. Na ocasião, a instituição anunciou também o oferecimento da redução temporária ou suspensão das prestações de financiamento por até seis meses, duas opções que podem ser solicitadas sem ir até as agências, através do aplicativo Habitação Caixa.
Para quem quiser reduzir 25% das prestações, é possível solicitar a opção por até seis meses. Já para o cidadão que precisar reduzir as parcelas em 75%, o período de redução é de até três meses. Os brasileiros que quiserem uma redução superior a 75%, terão que apresentar comprovação documental da perda de renda para avaliação da Caixa. A concessão que dará um respiro para milhares de brasileiros, no entanto, não é de graça. De acordo com informações da Caixa Econômica, o valor reduzido será dividido no período restante de pagamento dos financiamentos com acréscimo de juros ainda não divulgados.
Pausa nas prestações
Os clientes que estiverem em uma situação ainda mais complicada têm uma opção mais drástica: pedir à instituição que as parcelas de financiamentos sejam suspensas por até seis meses. Porém, essa opção só está disponível para os brasileiros que estiverem recebendo o auxílio emergencial do Governo Federal e o seguro-desemprego.
Em paralelo à divulgação do feirão de maneira digital e a suspensão e pausa de prestações de financiamento, a Caixa também anunciou uma alteração na execução de desova dos imóveis retomados, conhecidos como bens não de uso próprio (BNDU). Agora, a instituição não vai mais realizar leilões destes bens, o que é de praxe para a maioria dos bancos no país, optando por financiar 100% destes imóveis. | *sob supervisão da chefe de reportagem Perla Ribeiro.