Até o próximo dia 12 de março continua em exibição no Centro de Cultura Camillo de Jesus Lima, em Vitória da Conquista, a exposição “Sertão Colorido Quanto Preto e Branco”, do artista plástico Silvio Jessé, que faz um recorte da vasta obra do fotógrafo Evandro Teixeira. O acesso é gratuito.
Jessé (à direita) interpreta as imagens da infância nas fotografias de Evandro Teixeira em 31 telas e três painéis. Cada cena integra um elemento singular da infância no cotidiano do sertão, mas preserva o caráter obrigatório da autonomia artística de cada criador de sua obra, permitindo ao público interpretar a fotografia em si, o quadro em si e, nesse fluxo interpretativo, recompor os sentidos.
Sob curadoria da professora e pesquisadora Ester Figueiredo (centro) e do artista plástico Edmilson Santana (à esquerda), a exposição foi aberta à visitação foi aberta em 27 de fevereiro passado. “Riscados queimantes” interpretam as imagens da infância de um colorido tão quanto preto e branco nas fotografias de Evandro Teixeira.
Com o fito de explorar as imagens da infância nas fotografias de Evandro Teixeira, Silvio Jessé toma a exposição como uma moldura inaugural do tema, nos extratos fotográficos de Evandro”, define o texto da apresentação curatorial de Ester Figueiredo.
O sucesso da exposição tem atraído a visitação também de crianças, a exemplo da menina Maria Clara, de oito anos, cujo encantamento diante das telas de Jessé estão registrados nas fotos postadas na página do artista no Instagram.
Sílvio Jessé é de Vitória da Conquista, Sudoeste Baiano, e Evandro Teixeira de Irajuba, no Vale do Jiquiriçá. Sílvio tem formação acadêmica em Educação Artística com habilitação em Desenho, e começou sua carreira participando do 10º Salão dos Estreantes na Galeria Panorama, em Salvador, homenageando a região do semiárido brasileiro, principal temática e inspiração para sua arte.
Já o fotógrafo Evandro Teixeira começou a carreira jornalística em 1958, no Diário da Noite, na cidade do Rio de Janeiro, onde se radica e vive desde então. Transfere-se para o Jornal do Brasil, em 1963, permanecendo até hoje. Extremamente versátil, destaca-se em diversos campos da cobertura jornalística, desde os temas políticos até a fotografia de esporte. É autor dos livros Fotojornalismo (1983) e Canudos 100 anos (1997).