O público tem até o próximo dia 12 (domingo) para conferir, gratuitamente, a beleza e singularidade da exposição “Sertão Colorido Quanto Preto e Branco”, no Centro de Cultura Camillo de Jesus Lima, em Vitória da Conquista. São 31 telas e três painéis de autoria do artista plástico Silvio Jessé num trabalho artístico que faz um recorte da vasta obra do renomado fotógrafo baiano Evandro Teixeira.
A exposição está aberta à visitação desde 27 de fevereiro passado e tem se constituído num sucesso de público, segundo a coordenação do Centro de Cultura Camilo de Jesus Lima. O evento é uma realização da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, através do centro cultural, e tem o apoio dos mandatos dos deputados Waldenor Pereira (federal) e Zé Raimundo (estadual).
Ícone do fotojornalismo brasileiro, cuja história se mistura com a própria história do país nos últimos 50 anos, Evandro Teixeira registrou momentos marcantes, desde a política até o esporte. É autor dos livros Fotojornalismo (1983) e Canudos 100 anos (1997).
Das lentes desse famoso baiano que começou a carreira em 1958, radicado no Rio de Janeiro e onde e vive desde então, não houve personalidade nacional ou internacional em visita ao Brasil que tenha escapado: a Rainha Elizabeth II, Princesa Diana, Nureyev, Papa João Paulo II, Ayrton Senna, Pelé, Garrincha, Drummond, Tom, Vinicius, Cartola, Niemeyer, Pablo Neruda, Fidel Castro, Carlos Lacerda, Leila Diniz e muitos outros, tanto famosos, como anônimos.
Evandro Teixeira é de Irajuba, no Vale do Jiquiriçá, e Sílvio Jessé é de Vitória da Conquista, Sudoeste Baiano. Este também tem se notabilizado pela larga produção artística, cuja temática e inspiração são voltados especialmente para a região do semiárido brasileiro.
A pergunta que se impele à pronúncia para o público interpretante da exposição “Sertão Colorido Quanto Preto e Branco” é: quais as texturas de infância presente na fotografia de Evandro Teixeira que são pré- anunciadas nas telas de Silvio Jessé?
A curadora da exposição, professora Ester Figueredo, define: “Cada cena integra um elemento singular da infância no cotidiano do sertão, mas preserva o caráter obrigatório da autonomia artística de cada criador de sua obra, permitindo ao público interpretar a fotografia em si, o quadro em si e, nesse fluxo interpretativo, recompor sentidos”.