CONQUISTA | Empresas ameaçam desobediência a novo prazo de quarentena proposto pela Prefeitura

Seguindo a tendência de Salvador e de outros municípios baianos, como Itabuna e Porto Seguro, a Prefeitura de Conquista deve prorrogar o decreto que mantém o comércio fechado por mais 15 dias, com vigência a partir da próxima segunda-feira, 11.

Mesmo com lojas fechadas, o movimento por ruas e alamedas tem sido cada vez maior, passados 12 dias corridos de suspensão dos serviços.

O prefeito Herzem Gusmão (MDB) ainda não se manifestou sobre o assunto, mas caso prorrogue o decreto deve encontrar resistência de uma parcela de empresários que pretendem desobedecer a ordem oficial. Segundo eles, se o novo decreto não trouxer
flexibilização das normas em vigor,
muitas empresas podem não obedecer
e abrir de forma descontrolada.

Isso deve gerar desordem e elevar ainda mais o
risco de contaminação. Até o momento o prefeito não editou qualquer medida econômica que auxilie o setor, como renúncia do ISS (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza) e prorrogação do IPTU (Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana), por exemplo.

O grupo de empresários contactado pelo Sudoeste Digital , na manhã desta sexta-feira, 3, estava preparando as lojas para uma eventual reabertura na segunda-feira. Sem querer apontar liderança do movimento insurgente, o grupo – com representantes do setor de calçados, confecções e óticas – descartou qualquer participação da CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) nesse momento. 

Isso porque, ainda segundo o grupo, deve ocorrer uma enxurrada individual de pedidos de
liminar na Justiça requerendo a reabertura do comércio. A reportagem quis saber da CDL como a entidade iria reagir caso o decreto seja prolongado por mais dias. “A CDL vai aguardar o pronunciamento do prefeito”, respondeu a Assessoria de Comunicação do órgão.

O anúncio do governo federal sobre
a possibilidade de redução da jornada
e dos salários trouxe alento
para as empresas, mas um grande
número de empresários ainda fala em demissões
e há uma preocupação com o
desemprego. “O problema é que o
crédito que tem sido anunciado não
está chegando na ponta e as contas
estão vencendo”, reforçaram.


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