A empresa calçadista DASS, instalada em Conquista, mandou erguer um muro em frente a um restaurante que funciona há 17 anos em frente ao acesso da empresa, limitando o acesso da clientela e prejudicando o comércio. O detalhe é que, segundo os comerciantes das redondezas, o bloqueio é exatamente nas vias do entorno da fábrica o que, conforme o código de posturas municipal, fere a legislação.
De acordo com relatos, após a recusa da proprietária em vender o imóvel para a DASS, a empresa construiu um muro que bloqueia a entrada do estabelecimento, impossibilitando o atendimento ao público e, consequentemente, o funcionamento do negócio. “É revoltante. Depois de 17 anos trabalhando aqui, a gente vê tudo sendo bloqueado, sem diálogo, sem consideração”, afirmou um comerciante vizinho, que preferiu não se identificar.
Segundo os moradores e comerciantes, ação da empresa gerou ainda mais tensão quando a Polícia Militar foi acionada para acompanhar a construção do muro. A presença da PM no local causou desconforto entre comerciantes, moradores e até funcionários da própria DASS, que demonstraram insatisfação com a forma como a situação foi conduzida.
Além do bloqueio ao restaurante, o fechamento de ruas próximas à fábrica também foi alvo de críticas. A comunidade local alega que a mobilidade urbana foi afetada e que o direito de ir e vir está sendo comprometido. A indignação se espalhou entre moradores, empresários e trabalhadores, que consideram a atitude da empresa um abuso de poder.
Instalada há 20 anos no local, a DASS teria alegado que o terreno é de sua propriedade, cedido pelo governo do Estado. Ainda assim, as medidas adotadas pela empresa têm sido vistas como arbitrárias e prejudiciais ao entorno. “Isso não pode acontecer assim, sem diálogo. Não é só uma rua, são histórias de vida sendo desrespeitadas”, desabafou uma moradora da região. A reportagem tenta contato com a Prefeitura e com a DASS. | com informações adicionais e imagens do Blog de Sena.