SUDOESTE DIGITAL (Conteúdo exclusivo) – Com o tema “Pela vida das Mulheres, em defesa das liberdades democráticas e contra a reforma da previdência” centenas de pessoas, a grande maioria de mulheres, seguiram por ruas, avenidas e prédios públicos de Vitória da Conquista, na 4ª Marcha das Mulheres, com críticas e protestos aos governos municipal e federal e contra a reforma da Previdência.
O ato, em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, teve início às 8h30 na Praça Barão do Rio Branco, seguindo em direção à Prefeitura, Câmara Municipal e sede regional do INSS. De acordo com os organizadores, mais de 50 entidades, entre elas sindicatos, ONGs e coletivos, participaram do ato.
⇦ Em discurso na Câmara Municipal, a vereadora Nildma Ribeiro (PCdoB) frisou que o 8 de Março é um dia de luta das mulheres, de sair às ruas reivindicando direitos.
Ela explicou que aderiu à Marcha das Mulheres porque é uma luta que busca melhores condições para as mulheres, o fim de todos os tipos de violência, sobretudo o feminicídio. A parlamentar agradeceu a acolhida da Câmara ao manifesto da marcha.
⇦ A vereadora Viviane Sampaio (PT), por sua vez, destacou que a lutas das mulheres é política e social. Ela afirmou que é importante a Casa receber o manifesto e as organizações que promovem a Marcha.
“Nós que estamos aqui não somos convidadas para estar no movimento das mulheres. Nós, enquanto mulheres, temos o direito e a obrigação de nos fazermos presentes. Nós não precisamos esperar sermos convidadas. Nós precisamos conquistar os nossos espaços, que são espaços de luta, de conquistas, de reivindicações e espaços de resistência”, reforçou.
Na tribuna da Câmara, a presidente do Sindicato do Magistério Municipal Público de Vitória da Conquista (Simmp), ⇦Ana Cristina Novais apresentou reivindicações do movimento à Casa.
Em seu discurso, Ana salientou que várias mulheres da zona rural estavam presentes e destacou que as condições das estradas e escolas rurais estão precárias.
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A inspiração para a criação da Marcha Mundial das Mulheres (MMM) partiu de uma manifestação realizada em 1995, em Quebec, no Canadá, quando 850 mulheres marcharam 200 quilômetros, pedindo, simbolicamente, “Pão e Rosas”.
No final dessa ação, diversas conquistas foram alcançadas, como o aumento do salário mínimo, mais direitos para as mulheres imigrantes e apoio à economia solidária.