Alunos de algumas turmas do 2º, 6º e 7º ano do Colégio Oficina, escola da rede privada de ensino de Vitória da Conquista, tiveram as aulas semipresenciais suspensas por 14 dias após uma das professoras do quadro funcional da instituição testar positivo para a covid-19. O caso fez com que os estudantes voltassem a ter aulas remotas desde a última sexta-feira, 23.
Eles só devem retornar às atividades presenciais no dia 9 de agosto, segundo documento enviado aos pais pelo Serviço de Coordenação Pedagógica da escola, após a confirmação do caso. Como cada turma é dividida por grupos, alguns deles, bem como os alunos das demais séries, seguem com o ensino semipresencial.
“As aulas suspensas são apenas as das turmas que a professora assumiu com aulas presenciais antes da notificação de sintomas; o ensino semipresencial na escola e nos lares segue o cronograma escalonado; são 14 dias de suspensão, monitoramento e orientação às famílias para certificarem se não há novos casos de contaminação e notificarem a escola”, informou a assessoria de comunicação do Oficina, por meio de nota.
O documento enviado aos pais ao qual nossa reportagem teve acesso afirma que a medida tomada pelo colégio atende às determinações dos protocolos oficiais que normatizam o modelo de ensino híbrido no município e no estado. Entretanto, não esclarece o estado de saúde da professora infectada pelo novo coronavírus.
De acordo com a nota enviada pelo estabelecimento de ensino, “a professora foi contaminada fora da escola, numa viagem, e que, no colégio, seguiu todos os protocolos obrigatórios de segurança, comportamento que a escola inteira executa com rigor redobrado”.
Por telefone, a assessoria de comunicação da instituição informou ainda que a docente não apresentou sintomas graves da covid-19 e que já havia tomado a 1ª dose da vacina contra a doença. Atualmente, está de quarentena e seu quadro de saúde vem sendo monitorado. Nenhum caso de contaminação de alunos foi registrado, de acordo com a escola.
Apesar disso, a contaminação da professora evidencia o risco de contágio da covid-19 ao qual estudantes e trabalhadores da educação estão sujeitos, mesmo com rigorosos protocolos de segurança, diante do retorno das atividades presenciais nas escolas, autorizado via decretos pela Prefeitura Municipal desde o dia 12 deste mês, e pelo Governo do Estado, desde essa segunda-feira, 26.
A falta de imunização completa de professores e demais funcionários das escolas, além dos próprios alunos, é uma das maiores preocupações apontadas por entidades sindicais da educação que são contra o retorno presencial, a exemplo do Sindicato dos Professores no Estado da Bahia (Sinpro), que representa os profissionais da educação privada. Até o fechamento desta matéria, o Sinpro não se manifestou sobre o assunto.
Além disso, vale destacar ainda que somente na última semana, após pressão da categoria, os trabalhadores da educação com 18 anos ou mais foram incluídos na lista de grupos prioritários para receber a 1ª dose da vacina, por decisão da Comissão Intergestores Bipartite (CIB). Muitos professores com idade inferior aos 40 anos ainda não haviam nem sequer iniciado o ciclo vacinal, que só é completado cerca de 15 dias após a 2ª dose. | Conquista Repórter.