CLANDESTINIDADE | Vanzeiros, Uber e a farsa da regulamentação

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Para situar você, leitor, entenda o que se passa, de forma detalhada. Como sabemos, há três anos o prefeito Herzem Gusmão (MDB) repete e promete a regulamentação dos vanzeiros.
POR ISSO, ANTES DA SUPOSTA REGULAMENTAÇÃO, precisamos ouvir do prefeito – ele responder, principalmente aos vanzeiros e aos operadores do Uber – as seguintes perguntas, caso regulamentasse os 80 vanzeiros.

– Como ficariam os demais excluídos? 
  São cerca de 350. Então, o que, como e quando o prefeito os erradicariam?
– Como e quais os meios que o prefeito usará para erradicar os excluídos?
– Quais os critérios para escolher esses 80 vanzeiros, já que licitação eles, o próprios vanzeiros, não aceitaram (e juridicamente não se poderia licitar).
– Como será a fiscalização do Uber? Apanhando passageiros nos pontos de ônibus e táxis?
– Como será o combate aos automóveis piratas, que não são vans, nem Uber?

Estas mesmas perguntas, ajustadas à realidade do Uber, também carecem de respostas.

HERZEM MANTÉM UM VIVEIRO DE
PAPAGAIOS.. DE PIRATA

O prefeito, “habilidosamente”, levou muitas pessoas dentro e fora do governo a crerem em sua promessa sem estudos ou sem critérios. Pior, ele fez com que essas pessoas replicassem seu “mantra”:

“TEMOS QUE REGULAMENTAR PARA POR ORDEM”.

O que o prefeito omitiu às pessoas é que ele atropelaria várias lógicas:

JURÍDICA:  Se havia espaço dentro das leis federais, estaduais e municipais para introduzir os vanzeiros, certo de que o sistema já foi licitado;
OPERACIONAL: Onde e como iriam operar os vanzeiros;
FINANCEIRO: Como seria garantido o equilíbrio econômico do transporte público;
POLÍTICA TARIFÁRIA: Como seria garantido que a tarifa não dispararia de preço, consequência da presença dos vanzeiros que desequilibrariam o sistema público;
OCUPAÇÃO DE SOLO NA ÁREA  CENTRAL: Sabe-se que são necessários diversas vans para levar a população comportada em um ônibus. Hoje o centro está um caos e comerciantes já reclamam.

O RENOMADO DR. ALAN SERVIU PARA VALIDAR O DESGOVERNO NA MOBILIDADE URBANA.

ELE TAMBÉM FOI USADO.

Soçobrando o transporte público, afogando este bem público nas escuras águas do desgoverno, é de se lamentar e ver o renomado médico ortopedista, Dr. Alan Costa Fernandes tendo seu nome atrelado à esta tragédia social, econômica e de ordem pública na terceira maior cidade da Bahia.

“Dr. Alan diz que vanzeiros tem que ser recebidos na sombra, com água e suco” – repetia Herzem Gusmão. 

O PROBLEMA AGORA É DA CIDADE.

O prefeito percebendo a dimensão da catástrofe tenta buscar culpados, oscilando entre o Ministério Público do Estado, empresas de ônibus e a polícia que – segundo ele, não colabora no combate. Até mesmo o vereador Professor Cori foi atacado, assim como os vanzeiros – a quem o prefeito já culpou, afirmando categoricamente que o “eles querem é a desordem”. 

Fato que nenhum dos supostos “CULPADOS” não foram consultados antes pelo prefeito, se era viável prometer o que é ilegal.

Fato que o ato de repetir o termo REGULAMENTAR só agrava a situação. E foi exatamente este termo (REGULAMENTAR) que atolou a mobilidade urbana neste caos.

O termo REGULAMENTAR só serviu para atrair mais e mais pessoas para dentro da clandestinidade.

A empresa de ônibus é a que menos deve se preocupar na altura da tragédia. Agora que tem que se preocupar são os passageiros e as autoridades que permitiram Herzem levar esta loucura tão longe.


Os empresários que de algum modo apoiaram o prefeito ou se omitiram também devem fazer a mea-culpa.


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