CIRCO DOS HORRORES | Migrantes mortos em caminhão nos EUA tinham tempero de carne pelo corpo para disfarçar cheiro

Migrantes encontrados mortos dentro de um caminhão no estado americano do Texas na segunda-feira tinham tempero de carne espalhados pelo corpo, numa tentativa de disfarçar o próprio cheiro. A informação foi confirmada por agentes de segurança ao jornal Texas Tribune. Conforme as autoridades, a suspeita é de que os traficantes responsáveis pelo transporte do grupo haviam imaginado que, como a unidade não tinha refrigeração e o Sul dos EUA registrava forte calor, eles poderiam exalar um odor que seria facilmente detectável em alguma patrulha na fronteira.

O caminhão abandonado numa estrada próxima da cidade de San Antonio foi encontrado com uma porta parcialmente aberta pelos policiais e um corpo estava fora do veículo. O chefe dos bombeiros da cidade, Charles Hood, disse que muitos sobreviventes estavam fracos demais para sair do local por conta própria.

Nesta quarta-feira, as autoridades mexicanas aumentaram de 22 para 27 o número de compatriotas mortos no caminhão. Segundo o chefe do Instituto Nacional de Migração (INM), Francisco Garduño, foram identificados também 14 hondurenhos, sete guatemaltecos e dois salvadorenhos entre as vítimas. Um corpo permanece sem identificação. Ainda segundo as autoridades mexicanas, 67 migrantes viajavam no veículo. Ao todo, 16 sobreviveram.

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Três homens envolvidos na tragédia foram presos por autoridades dos Estados Unidos. O motorista foi identificado como Homero Zamorano, de 45 anos, que tentou se passar como um dos sobreviventes, segundo Garduño.

O veículo usava a placa de uma empresa americana de Alamo, Texas, que negou que fosse de sua propriedade. A suspeita é de que a identificação tenha sido clonada e que o caminhão foi pintado para parecer com os da companhia.

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O INM, a Procuradoria-Geral e a Chancelaria mexicana estabeleceram uma “mesa de coordenação” para colaborar com as autoridades americanas na investigação. Nos EUA, o Serviço de Imigração e Alfândega (Ice) disse que sua divisão de Investigações de Segurança Interna assumiu o caso.


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