CIDADANIA | Unidade Móvel de Atendimento às Mulheres chega à Vitória da Conquista

Uma unidade móvel de atendimento às mulheres vai desembarcar em Vitória da Conquista, dia 26, para uma capacitação da rede que atende mulheres em situação de violência. A missão da unidade se tornou possível graças à uma intervenção da diretora estadual da União Brasileira de Mulheres (UBM) e da União de Mulheres de Conquista (UMVC), ex-vereadora Nildma Ribeiro JUNTO À Secretaria de Políticas para as Mulheres da Bahia.

Em contato com a redação do Sudoeste Digital, Nildma explicou que o objetivo principal de intervenção é cessar a situação de violência vivenciada pela mulher atendida sem ferir seu direito a autodeterminação, mas promovendo meios para que ela fortaleça sua autoestima.

O cronograma de execução dos atendimentos pela equipe da Unidade Móvel de Atendimento a mulheres vítimas de violência no município de Vitória da Conquista prevê ações em quatro localidades, além de encaminhamentos. A primeira será no assentamento Lagoa do Juazeiro, na região do povoado do Iguá , com atendimento dia 26 pela manhã, das 8 às 11h30.

Também serão contempladas a Unidade de Saúde da Família do Parque Comveima I, nesse mesmo dia, das 14h às 16h 30 (UBS do Parque Comveima I – Loteamento Parque Comveima I); Escola Municipal Padre Isidoro, dia 27, das 8h às 11h30, na Rua do Corredor, S/N, povoado da Estiva, sentido Barra do Choça e sede da União de Mulheres de Vitória da Conquista, também dia 27, das 14h às 16h30 , na Rua Dinaelza Coqueiro, n°44, Bairro Ibirapuera)

Os encaminhamentos acontecem dia 28, a partir das 8 horas, no Centro de Referência Albertina Vasconcelos, na Avenida São Luiz, n° 40, Bairro Candeias.

O planejamento da intervenção deve integrar a rede de Atendimento, assegurando assim que as ações atendam as necessidades das mulheres em situação de violência, a exemplo de abrigo, casa acolhimento, serviços de saúde e creche.

Como atribuições, a intervenção da unidade proporciona acolhimento, aconselhamento em momentos de crise, atendimento psicossocial, aconselhamento e acompanhamento Jurídico, atividades de prevenção, qualificação profissional, articulação com a rede de atendimento local e levantamento de dados locais sobre a situação da violência vivenciada.

SAIBA MAIS – As Unidades Móveis de Atendimento às Mulheres do Campo foram lançadas na Bahia em março de 2014, fruto de uma parceria entre Governo Federal e Governo da Bahia, por meio do programa ‘Mulher Viver sem Violência’.

As Unidades Móveis integram as ações do Pacto Nacional pelo Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, chegando a povoados e localidades do interior do estado com serviços de acolhimento, apoio psicológico, atendimento jurídico e social às mulheres por meio de uma equipe capacitada para encaminhar as demandas à rede referenciada local, já que a ação é desenvolvida em parceria com um conjunto de órgãos e equipamentos públicos.

De 2014 a 2018, mais de 1.300 mulheres foram atendidas e outras 14.300 beneficiadas. Contando ainda com 1.919 agentes capacitados, 64 territórios de identidade visitados, 160 municípios e 384 comunidades.

Em 2018, foram visitados 25 municípios de 13 territórios de identidade: Abaíra, Araci, Andaraí, Bonito, Cachoeira, Candeias, Canavieiras, Capela do Alto Alegre, Capim Grosso, Castro Alves, Cruz das Almas, Feira de Santana, Ibotirama, Jacobina, Laje, Luiz Eduardo Magalhães, Mucugê, Nazaré das Farinhas, Riachão do Jacuípe, Santo Amaro, Santa Maria da Vitória, Serra Preta, Serrinha, Teolândia e Valença.

A Secretaria de Políticas para as Mulheres da Bahia é responsável pela coordenação das atividades, em articulação com o sistema de Justiça, as Prefeituras Municipais, os movimentos de luta pela terra e as organizações da sociedade civil, na busca para promover a interação efetiva dos diversos serviços de proteção à mulher e prestar orientação adequada e humanizada àquelas vítimas de violência, visando fomentar e consolidar as medidas previstas na Lei Maria da Penha (Lei n° 11.340/06). Trata-se de atendimento em caráter de utilidade pública, acesso aos direitos de cidadania e enfrentamento às desigualdades de gênero.


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