Justiça

CALOTE | Banner ANS obriga planos a oferecer dois novos tratamentos contra câncer Terça-Feira, 23/05/2023 - 14h20 Por Redação ANS obriga planos a oferecer dois novos tratamentos contra câncer Foto: Reprodução / TV Brasil Os planos de saúde terão que garantir a cobertura de dois novos tratamentos contra o câncer no país. A decisão foi tomada pela Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), em reunião no dia 2 de maio deste ano. A resolução foi publicada no Diário Oficial da União uma semana depois. Segundo noticiou a Agência Brasil, a atualização da lista de coberturas obrigatórias, a segunda realizada neste ano, determina a cobertura, pelos planos, de um tratamento contra o câncer de ovário (olaparibe em combinação com bevacizumabe) e contra o câncer de próstata metastático (darolutamida em combinação com docetaxel). A resolução também prevê cobertura para o teste genérico de deficiência de recombinação homóloga, usado para diagnosticar as pacientes elegíveis ao tratamento com a associação olaparibe e bevacizumabe. Em fevereiro deste ano, a ANS já havia determinado a incorporação de quatro tratamentos ao rol de procedimentos obrigatórios: onasemnogeno abeparvoveque (para bebês com atrofia muscular espinhal), dupilumabe (para adultos com dermatite atópica grave), zanubrutinibe (para adultos com linfoma de células do manto) e romosozumabe (para mulheres idosas com osteoporose na pós-menopausa). Roma indica Leandro de Jesus para sucessão em Lauro de Freitas Terça-Feira, 23/05/2023 - 14h00 Por Redação Leandro de Jesus e João Roma Foto: Arquivo Pessoal O presidente do PL na Bahia, João Roma, afirmou, na noite de segunda-feira (22), que o partido pretende disputar as eleições de 2024 em Lauro de Freitas e indicou um nome para o posto. "Existe o interesse do PL de levar adiante um projeto em Lauro de Freitas que está encabeçado hoje pelo deputado Leandro de Jesus", declarou o dirigente, ao participar do podcast Café com Bandarra, no canal do Youtube, Sem Censura TV. Durante a entrevista, Roma disse que não se oporia a que o PL participasse de um movimento da cidade para que a oposição à gestão da atual prefeita Moema Gramacho (PT) tivesse apenas um candidato. Roma, entretanto, enfatizou que o PL inicia as discussões apresentando um nome. "A missão de Leandro de Jesus está além de apresentar candidatura", destacou o presidente estadual do PL, ao recordar que o presidente Jair Bolsonaro teve maior percentual de votos em Lauro que na capital baiana. APOIO A BRUNO REIS O presidente do PL também comentou trecho de vídeo em que o prefeito de Salvador Bruno Reis (União Brasil) diz que tem interesse em ter diálogo para que a sigla do presidente Jair Bolsonaro apoie sua candidatura à reeleição. "É um bom começo ele dizer que tem vontade. Tenho história com Bruno Reis, trabalhamos juntos em muitas situações e reconheço suas virtudes. Ele tem capacidade de trabalho", destacou Roma. O ex-deputado federal reiterou que única barreira para uma aliança seria o apoio de Reis ao PT. "Eu me coloco em um sentido antagônico ao do PT", disse o ex-ministro. João Roma ainda destacou durante o podcast que o PL não pode ter donos no estado ou nos municípios onde estão sendo constituídos os diretórios da sigla. "Deliberamos que não tem partido debaixo do braço de ninguém. Não podemos transformar um partido em cartório ou no feudo da A, B ou C", explicou Roma, ao apontar que a missão do partido é identificar qual o melhor projeto para cada município ou região e possibilitar o surgimento de novas lideranças. "Em conversa com o presidente Bolsonaro, ouvimos dele que é começar a não caminhar com a vaidade. Não podemos trabalhar com o ego de ser candidato de qualquer jeito", comentou o ex-ministro, que é pré-candidato a prefeito de Salvador. Crise do suco de laranja deve crescer no mundo com safra em queda no Brasil Terça-Feira, 23/05/2023 - 13h40 Por Marcelo Toledo | Folhapress Saco de laranjas Foto: Fundecitrus / Divulgação A perspectiva de o cinturão citrícola brasileiro ter neste ano uma produção de laranjas inferior à da última safra, aliada à baixa produção da fruta na Flórida (EUA) e a problemas em outros países, devem ampliar a escassez global de suco e, desde já, acendem um sinal de alerta no setor em todo o mundo. O Fundecitrus (Fundo de Defesa da Citricultura) estimou que a safra 2023/24 na região formada pelo interior paulista e o Triângulo/Sudoeste Mineiro será de 309,34 milhões de caixas (40,8 kg cada) da fruta. O número representa apenas 1,55% menos que na safra passada, quando foram colhidas 314,21 milhões de caixas, mas está muito abaixo do patamar de safras recordes -em 1999/2000, chegou a 436 milhões de caixas- e da expectativa do mercado, que era a de superar 320 milhões. Nos EUA, o cenário é ainda mais crítico, já que a produção de laranjas na Flórida será de 16,1 milhões de caixas, 60,7% menos que na safra anterior e uma das mais baixas desde 1930, segundo estimativa do Departamento de Agricultura americano. A escassez da fruta é provocada por fatores como o greening, principal doença da citricultura, e, no caso da Flórida, também pelo clima, como o furacão Ian, que atingiu o estado em setembro do ano passado e causou perdas de US$ 247,1 milhões (R$ 1,22 bilhão) apenas no setor de cítricos, segundo a Universidade da Flórida. O quadro faz com que a produção nos dois principais mercados do globo, que no passado chegou a ser de 600 milhões de caixas, agora deva atingir apenas cerca de 330 milhões, isso num cenário de crescimento da população no planeta. Com isso, os estoques brasileiros de suco atingiram em dezembro o menor patamar da série histórica, com apenas 434.943 toneladas, 14,5% menos que as 509.010 toneladas de 31 de dezembro de 2021. Dez anos antes, o estoque era de 1,14 milhão de toneladas. "É praticamente um não-estoque. A situação é preocupante, porque quando você junta o estoque baixo que veio da safra passada com a previsão de safra do Fundecitrus, que é menor que a anterior, conclui-se que o período de restrição de oferta deve se prolongar por um tempo", disse Ibiapaba Netto, diretor-executivo da CitrusBR (Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos). Como o Brasil é o principal fornecedor de suco de laranja no mundo, com cerca de 75% do comércio global, o cenário interno se reflete no mercado de outros países. Caso da França, onde a Unijus (associação dos fabricantes de sucos de frutas) se manifestou relatando como inédita a escassez de concentrados de laranja "observada no mercado mundial há várias semanas", citando que a pressão aumentou sobre o Brasil e que o resultado é a impossibilidade de o país honrar as encomendas feitas por todos os continentes. Além de apontar os reflexos do furacão Ian como contribuinte da queda na produção nos EUA, a associação francesa ainda vê como problemas a redução de 30% na produção do México neste ano devido à estiagem, a falta de água que atingiu a Espanha e cita que o suco brasileiro, que ia principalmente para a Europa, tem sido desviado para os Estados Unidos, pressionando os preços. A tonelada do suco, que custava 2.600 euros na safra passada, hoje está em 3.400 euros, segundo a Unijus. "A Flórida teve uma safra muito ruim e o México, que poderia suprir esse mercado, também teve problemas com clima. No fim das contas, temos um ambiente de restrição de oferta global, puxado pelo Brasil", disse o executivo da associação das exportadoras brasileiras. Docente da USP (Universidade de São Paulo), Marcos Fava Neves afirmou durante a apresentação da previsão de safra do Fundecitrus que é o momento mais grave que o planeta enfrenta na oferta de suco e que isso ocorre num momento de um mundo maior e com mais riqueza. Afirmou ainda que é preciso observar, com o suco nos preços atuais, como será o comportamento dos engarrafadores europeus, já que eles são multisucos, e que o mercado interno tem mostrado o posicionamento da laranja face ao momento. "O suco 100%, o suco premium, ele vai cada vez mais ser só pra quem pode pagar, quem não está muito preocupado com preço do produto, pega na gôndola, coloca no carrinho e segue em frente. Ele está caminhando para cima no posicionamento e vai sobrar a questão dos blends [misturas], dos néctares, lamentavelmente, por conta da nossa explosão de custos de produção, por conta do problema de oferta." Para os produtores, o preço da caixa de laranja pago pela indústria chegou nesta semana a ultrapassar R$ 40, de acordo com o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, ante os R$ 28,93 de dois anos atrás. Esse novo patamar é o previsto pelo especialista para os próximos anos. **MOMENTO EMBLEMÁTICO** A safra brasileira prevista não é pequena, está na faixa que o Fundecitrus considera como média, principalmente se for levado em conta que este ano é tido como de baixa na cultura. A laranja é marcada pelo ciclo bienal de produção, o que significa que produz mais em um ano e menos, no seguinte. Ela é, também, 1,04% superior à média dos últimos dez anos, devido a períodos como 2020/21 e 21/22, quando safras baixas não alcançaram 270 milhões de caixas. Em 2022/23, foram 314,21 milhões de caixas, queda de 0,86% em relação à primeira estimativa do Fundecitrus. Porém, como o mercado esperava que o cinturão citrícola fosse produzir ao menos 320 milhões de caixas agora, o setor ficou mais apreensivo. Doenças como o greening, principalmente, e podridão floral impediram que a safra fosse maior. Por outro lado, as chuvas acima do esperado favoreceram os pomares, segundo disse Juliano Ayres, gerente-geral do Fundecitrus, ao anunciar a estimativa de safra. Ele afirmou que a citricultura brasileira vive um momento emblemático e terá de decidir o caminho a ser seguido. "Nada é comparável com isso [greening]. Essa doença, onde ela entrou e se instalou, dizimou a citricultura", disse. Na avaliação do gerente, como a intensidade, incidência e severidade da doença têm aumentado, é possível prever que a queda de frutos devido ao greening deve se acentuar. Enquanto em 2016 a incidência de greening no cinturão citrícola estava em 16,73%, em 2022 o índice chegou a 24,42%. "Recentemente, em 2022, nós, junto com a Esalq, detectamos pela primeira vez no Brasil a resistência a alguns inseticidas. Já tinha acontecido no México, na Flórida, mas aqui não." Com isso, a mortalidade dos psilídeos (insetos), que chegou a ser de 80%, caiu para patamares entre 30% e 40%. Apesar dos problemas, Ayres disse ser otimista. "Vamos virar o jogo. O CVC [doença conhecida como amarelinho] chegou a atingir 45%, hoje tem 0,5%." Sem pagamento para Deus de ‘Os Dez Mandamentos’, Justiça condena Record

23 de maio de 2023 às 14:39