A família do policial militar José Cardoso Pereira, atingido por quatro disparos de fuzil que perfuraram a veia femoral, durante o ataque de 20 homens a agências bancárias de Bom Jesus da Lapa, quando outros dois militares foram sequestrados e mortos, na noite do último domingo (22/01), pede socorro. Deputado estadual soldado Prisco acusa Estado de manter militar, que permanece com estado de saúde considerado grave, em local que também atende suspeitos de crimes e sem segurança adequada.
“A situação dele é bastante grave, embora Estado tente ventilar a notícia de que ele está bem. Na verdade, corre risco de amputar uma perna. E todas as quatro bolsas de sangue que recebe por dia, no hospital, ele perde à noite. Um absurdo o tratamento. estava prestando um serviço pelo Estado!”, lamentou o parlamentar.
A situação enfrentada pelo policial, que foi vitimado em serviço, é ainda mais grave. “A família da vítima, sem qualquer assistência do Estado, está contando com a solidariedade de amigos e Aspra para custear as despesas na capital baiana. Uma falta de respeito a forma como o Governo trata seus servidores. Ele foi atingido em exercício legal da profissão, em defesa da sociedade, e é largada num hospital longe de sua casa, sem qualquer ajuda do executivo”, reclamou um familiar que preferiu o anonimato. O governo do Estado ainda não se pronunciou sobre as denúncias.
ENTENDA O CASO
Cerca de 20 homens armados que invadiram o município de Bom Jesus da Lapa, na região oeste da Bahia, na noite de domingo (22), mataram dois policiais e balearam soldado José Cardoso, em uma ação com objetivo de explodir caixas eletrônicos.
O ataque aconteceu por volta das 23h, quando ocorreram tentativas de explosões em duas agências. A guarnição foi informada e tentou impedir o ataque mas, sem estrutura e em desvantagem de armamento e policiamento, dois deles acabaram rendidos e sequestrados pelos criminosos e José Cardoso baleado por quatro disparos.
Durante a perseguição, a polícia encontrou um carro abandonado carregado de explosivos, armas e munições. Outros carros foram queimados pelo grupo e utilizados para bloquear as estradas que dão acesso à cidade, com objetivo de atrasar a ação da polícia.
