CASO HYARA | Segurança redobrada para acusado por matar cigana Hyara Flor

O Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) condenou o jovem responsabilizado pelo assassinato da cigana Hyara Flor a internação por tempo indefinido em decisão tomada na última segunda-feira (23). A adolescente foi morta em julho do ano passado pelo marido, acusado pelo homicídio.

Segundo Yago Alves, pai da vítima, o adolescente de 16 anos foi condenado a cumprir medida socioeducativa de internação, que pode chegar a no máximo três anos, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Ele já estava detido desde 22 de agosto, quando uma investigação organizada por Yago o identificou em Itapetinga, município da Bahia.
“A minha sensação é de ficar aliviado. Minha filha não volta mais, mas ver que quem matou ela tá pagando, tá condenado, isso é bom. Espero que ele fique lá o tempo que puder, o máximo de tempo possível”, comentou Yago sobre a internação do ex-genro.

Procurado, o TJ-BA afirmou manter sigilo em casos que envolvem menor infrator e vítima menor ou incapaz tramitando em segredo de justiça, resguardando informações contidas no processo e a intimidade dos familiares da vítima.
O assassinato aconteceu em 6 de julho de 2023, quando Hyara tomou um tiro no queixo dentro de casa. Na época, o inquérito da Polícia Civil definiu que o disparo tinha sido dado pelo irmão do marido da cigana, uma criança de nove anos, de maneira acidental.
O pai de Hyara não se contentou com a justificativa, por acreditar que o crime era uma vingança planejada pelo sogro da vítima, porque a esposa dele estaria romanticamente envolvida com o tio de Hyara. Yago, então, contratou um perito, que identificou a arma do crime como uma pistola calibre 360, que não poderia ser atirada por uma criança.
Em março deste ano, o Ministério Público do Estado (MP-BA) pediu a análise das perícias, e o Departamento de Polícia Técnica (DPT) encontrou rastros genéticos do marido de Hyara na arma. Assim, ele foi acusado de feminicídio. | Correio.


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