CASO GIVANETE | “A família espera a condenação”, afirma a advogada Luciana Silva, assistente de acusação


O julgamento de Éverton Bruno dos Santos Miranda, acusado de matar a empresária Givanete Nogueira, de 52 anos, em janeiro de 2021, começou nesta quinta-feira (22), no Fórum João Mangabeira, em Vitória da Conquista. Logo cedo, a movimentação na porta do local era grande, com manifestação de familiares da vítima e de pessoas que queriam acompanhar o julgamento.

A advogada, professora e presidente da OAB-Subseção Vitória da Conquista, é a assistente de acusação no Tribunal do Júri. Ela representa a família da empresária. Antes de adentrar ao Fórum, Luciana sobre as expectativas para o julgamento.

”O que a família espera e o que a sociedade espera, eu falo isso pela quantidade de gente que está aqui na porta do Fórum para acompanhar o Júri, a gente espera Justiça e a a gente espera que haja a condenação”, afirmou a advogada

A pena máxima para o crime é de até 30 anos. “A acusação é de homicídio triplamente qualificado com ocultação de cadáver. A expectativa é que a gente tenha todo o julgamento findando com a condenação”, disse.

A família da empresária está presente no Fórum João Mangabeira, nesta quinta-feira (22), no primeiro dia do julgamento do homem apontado como autor do homicídio brutal.

Com faixas e cartazes, os familiares pedem a condenação do réu. Éverton Bruno dos Santos Miranda teria matado a empresário em razão de uma dívida de R$ 15 mil que tinha com ela, após comprar mercadorias em seu CNPJ. Ambos eram amigos e possuíam lojas na mesma galeria de Vitória da Conquista.

Marconi, sobrinho da vítima, veio de Pernambuco para o julgamento. Ele relembrou o quanto a família está abalada desde o crime. “A gente quer a Justiça, a pena máxima. Ela era uma pessoa que lutou para vencer na vida, para dar o melhor para sua filha, pro seu neto. Relembrando: por causa de R$ 15 mil a gente perdeu uma vida. Hoje a gente tem a família quase toda com depressão. A gente tem hoje uma família destruída”, afirmou.

A delegada de polícia civil, Gabriela Garrido, relembrou as investigações. “Na época, a Deam cuidou de tudo com o Draco e com a [Delegacia de] Furtos e Roubos. Nos conseguimos elucidar o crime rápido e encontrar o corpo. No encontro do corpo, nós tivemos o auxílio da Polícia Militar que tem uma cadela, que foi como a gente encontrou o corpo. Tudo, até agora, está baseado na investigação. A gente conseguiu muitas provas periciais, de sangue no carro dele, eu solicitei exame para as unhas dela, porque ele estava arranhado, fizemos exame de lesão corporal nele para provar que aquelas lesões não eram compatíveis com aquela história que ele estava contando, mas sim com unhadas femininas, então, a gente buscou amarrar tudo da forma mais técnica possível. O resultado está aí, ele está preso até hoje”, disse.

Para a delegada, a condenação do réu serve para mostrar que crime desse tipo não ficam impunes. “Esperamos a condenação, inclusive porque mostra o feminicídio e o homicídio de mulheres não ficam impune”, avaliou.


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