CASO DE POLÍCIA | Conquista tem mais de 400 casos de violência contra a pessoa idosa em 2025; em 2024 foram 1.259 casos registrados no município

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), até o final de 2026, pela primeira vez na história, haverá mais idosos do que crianças no planeta. O último Censo, produzido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que o número de pessoas com 65 anos ou mais cresceu 57,4% em doze anos no Brasil. Já a população idosa com 60 anos ou mais chegou a 32,1 milhões de pessoas, 15,8% da população do país. O aumento é de 56% em relação a 2010, quando era de 20,5 milhões (10,8%).

Diante disso, surge um tema preocupante: a violência contra a terceira idade. Para a advogada. Lianne Soares, essa pauta é um problema social grave que afeta milhões de pessoas em todo o mundo.

O Junho Violeta trata desses aspectos, haja vista que é uma campanha de conscientização social e visa promover ações de prevenção e combate à violência contra os idosos.

Segundo o Painel de Dados da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, a cidade de Vitória da Conquista (BA), nestes cinco primeiros meses e início de junho de 2025, já registrou o total de 422 casos de violência (Qualquer fato que atente ou viole os direitos humanos de uma vítima. Ex. Maus tratos, exploração sexual) contra a pessoa idosa.

Desse número, apenas 52 denúncias foram efetivadas (Quantidade de registros que demonstra a quantidade de vezes em que os usuários buscaram a Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos para registrarem uma denúncia). Ano passado foram registrados 1.259 casos de violações contra a pessoa idosa no município. Neste ano, o estado da Bahia já teve 20.613 caos de violações contra a terceira idade.

Para a Lianne, trazer essa conscientização e criar debates a partir de campanhas como a do Junho Violeta, contribui para a redução dessas violências, haja vista que isso causa um incômodo social e, por consequência, potencializa a criação de medidas ainda mais efetivas de combate a esse problema, por parte das pessoas e famílias, mas também dos órgãos competentes.

“As pessoas idosas em geral não têm força ou métodos para se defender sozinhas e, portanto, é essencial redobrar os cuidados e a atenção comesse público”, destaca.

Lianne aponta, que há uma legislação responsável pelo direito do idoso e qualquer pessoa pode fazer denúncias, seja através das Polícias Militar (190) ou Civil (197), o Disque 100 (que funciona diariamente, 24 horas por dia, 7 dias por semana) e canais eletrônicos. Ademais, órgãos como o Ministério Público, mais específico a Promotoria de Justiça com atribuição em matéria do Idoso, podem ser procurados para defesa dos direitos difusos e coletivos dessa classe uma vez que forem violados.

Por fim, a especialista afirma que é essencial evitar a perpetuação da vulnerabilidade do idoso, sendo fundamental que a família exercite o amor e a paciência para lidar com os desafios da terceira idade. “Estabeleça diálogos, fortaleça laços e proporcione um ambiente adequado e seguro para eles. Ouvir o idoso sobre o que ele está passando ajuda a dirimir esse problema”, afirma Lianne. Para saber mais, acesse: População idosa MDHC.


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