Sudoeste Digital (Conteúdo próprio) – O processo judicial movido contra o Hiper Bompreço, acusado de terceirizar serviços de uma empresa de combate a pragas para “dopar” e capturar cães em seu estacionamento interno, vai ter prosseguimento, a despeito de uma reunião “conciliatória” com ativistas de Vitória da Conquista.
A direção do Bompreço ainda não se manifestou sobre o encontro, nessa terça-feira, 22, mas a representante da ONG Quatro Patas, Débora Almeida ima, presente ao encontro, reafirmou que a ação penal vai continuar.
“Na reunião foram discutidos algumas sugestões para melhorar a condição dos animais de rua, foram apresentadas propostas ao estabelecimento por parte de alguns protetores e o estabelecimento ficou de avaliar cada uma delas é dar um retorno”, resumiu.
“Eu, como representante do Grupo Quatro Patas, afirmo que nada foi esquecido, não esquecemos que existem perguntas sem respostas e não se trata de trégua. Estamos aguardando que o Ministério Público apure toda situação”, finalizou.
No evento, que segundo a Prefeitura, sequer foi programado com o município, a empresa deveria justificar oficialmente a atitude criminosa dos terceirizados e apresentar políticas internas e externas no que diz respeito ao bem-estar dos animais.
A reportagem do Sudoeste Digital entrou em contato com a assessoria de comunicação do Bompreço, expondo a situação, mas não recebeu retorno. A omissão do Bompreço, aliada à repercussão negativa dos crimes contra animais e protestos de ativistas, produziu efeitos imediatos.
Além de alguns clientes boicotarem a loja, optando pelas ofertas da concorrência, a imagem do Bompreço continua manchada pelo episódio, flagrado no último dia 15. A assessoria jurídica do Grupo Quatro Patas provocou o Ministério Público estadual cobrando posição a respeito dos crimes, reconhecidos pela própria empresa, em nota à imprensa.
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