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| Caminhoneiros protestam nas imediações do Bairro Lagoa das Flores, em Vitória da Conquista
Imagem: Anderson Oliveira
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Um protesto com queima de pneus na BR-116 (Rio-Bahia), proximidades do bairro Lagoa das Flores, na noite de domingo (20) deu início às manifestações dos caminhoneiros em Vitória da Conquista.
Mas, o que parecia ganhar força em outros pontos da rodovia, não foi adiante. Muitos caminhoneiros preferiram estacionar seus veículos em postos de combustíveis temendo ficar presos em engarrafamento mais à frente.
A Polícia Rodoviária Federal, juntamente com a ViaBahia e Polícia Militar, acompanha os atos na BR-116.
Os pontos de maior concentração são os postos de combustíveis e laterais da pista ao longo do Distrito Industrial, nas imediações de Lagoa das Flores. Não foram registradas anormalidades.
Em todo o país a categoria dos caminhoneiros organiza paralisações em protesto contra os recorrentes reajustes no preço dos combustíveis, carga tributária, condições das rodovias envolvendo também a questão da segurança.
Uma paralisação no transporte deve afetar, entre outros setores, a indústria de soja, cuja colheita no Brasil terminou recentemente. Isso em um momento em que o mercado internacional conta com o produto do país, o maior exportador global. O movimento promete ser mais forte justamente no Centro-Oeste e no Sul, as principais regiões brasileiras produtoras de grãos.
A entidade que organiza o protesto reúne cerca de 600 mil caminhoneiros autônomos de um total de cerca de 1 milhão de motoristas no Brasil e cobra o governo desde outubro do ano passado a queda nos custos do diesel.
Alheia aos protestos, na sexta-feira a Petrobras subiu os preços do diesel em 0,80% e os da gasolina em 1,34% nas refinarias. Em postos de Conquista o litro do Diesel é vendido por R$ 3,799 [S500] e R$ 3,899 [S10], da Gasolina R$ 4,770, Etanol R$ 3,499. O movimento é monitorado pela Polícia Rodoviária Federal.
O aumento, em vigor desde sábado, elevou os valores dos combustíveis a novas máximas de R$ 2,3488 o litro de diesel e R$ 2,0680 o litro de gasolina.
“Isso até parece que é para provocar a gente”, disse o presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca Lopes, sobre o novo reajuste anunciado pela petrolífera.
Desde que a Petrobras implantou em julho do ano passado sistema de reajustes de preços dos combustíveis quase que diários, que busca acompanhar as cotações internacionais do petróleo e o câmbio, o diesel e a gasolina tiveram aumento de quase 50% nas refinarias da empresa, com uma boa parcela sendo repassada para os postos.
