Um policial rodoviário federal foi preso em flagrante nesta quarta-feira, 17, transportando mais de 300 quilos de cocaína e crack no compartimento secreto de uma caminhonete de luxo, na Rodovia Raposo Tavares (SP-270), em Assis, no sudoeste do Estado de São Paulo. Outro homem que estava com o policial no veículo também foi preso. Há suspeita de que a droga vinha do exterior.
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), agentes da Polícia Rodoviária Estadual faziam patrulhamento de rotina pela rodovia quando observaram um caminhão-guincho carregado com uma caminhonete.
Dentro do veículo estavam os dois suspeitos que tentaram se abaixar ao ver a viatura. Devido a esse comportamento incomum, os policiais decidiram realizar a abordagem.
Os suspeitos, um deles o policial rodoviário federal, informaram que a caminhonete teria quebrado e por isso pediram o guincho. Conforme a SSP, ao realizarem vistoria no veículo, os policiais perceberam que havia um compartimento estranho no assoalho da carroceria. No esconderijo, foram encontrados 198 tijolos de cocaína e 128 de crack, totalizando 338,6 quilos de droga. No mercado ilegal, a carga poderia valer próximo de R$ 10 milhões.
As drogas e a caminhonete, uma Toyota Hilux, foram apreendidas. Os suspeitos presos foram encaminhados à Delegacia Seccional da Polícia Civil em Assis e seriam apresentados à Justiça em audiência de custódia.
Esta é a primeira grande apreensão de drogas, este ano, na Raposo Tavares, conhecida rota de escoamento de produtos ilegais vindos do Paraguai e da Bolívia, através do Mato Grosso do Sul.
Além de contrabando, grandes quantidades de maconha são apreendidas no trecho em que a rodovia corta o oeste paulista, ligando com o Estado vizinho. Em maio do ano passado, em apenas uma apreensão, a PM recolheu mais de 12 toneladas de maconha transportadas em uma carreta, em Presidente Prudente.
A PRF informou em nota que, tão logo foi informada da prisão em flagrante de um agente do órgão na cidade de Assis (SP), acionou a Corregedoria para apoiar a investigação sobre o ocorrido e conduzir a apuração administrativa.
“A PRF manifesta repúdio a qualquer conduta que vá de encontro a seus valores constitucionais e reafirma o compromisso do órgão de não tolerar desvios de conduta por parte de seus servidores”, disse a instituição.
O fato da polícia não ter divulgado os nomes dos suspeitos impossibilitou que a reportagem fizesse contato com suas defesas.
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