Você tem uma bicicleta mas ainda prefere usar o carro para ir ao trabalho e sair no fim de semana? Hora de começar a priorizar sua magrela, ainda mais nesses tempos de combustível com preços nas alturas. Se isso ainda não te convenceu, começa a falta gasolina e álcool nos postos, mas a questão vai muito mais além disso.
Segundo um estudo da Universidade de Glasgow, na Escócia, pedalar todos os dias está associado a um risco menor de desenvolver câncer, doenças do coração e morte prematura. A pesquisa – publicada na revista científica BMJ – acompanhou durante cinco anos 264.337 pessoas.
Os estudiosos associaram os casos de tumores, problemas cardiovasculares e mortes nesse período à maneira como os participantes se locomoviam para o trabalho no dia a dia.
O vereador de Vitória da Conquista, Fernando Jacaré (fotos abaixo – à esquerda na primeira imagem), é outro defensor do “pedal”. Além de praticar o esporte, ele faz questão de comparecer às sessões com a sua inseparável “magrela”.
Ele é autor de uma proposição para instalação de espaços que aluguem bicicletas para o ir e vir das pessoas na cidade.
Em sua gestão como presidente da Casa, Jacaré inaugurou, em dezembro de 2013, bicicletário e vestiários masculino e feminino para os ciclistas-servidores. “Bicicleta é sinônimo de qualidade de vida,por isso a Câmara oferece estacionamento apropriado e vestiário. Queremos que outros espaços, governamentais ou não, nos acompanhem nessa ideia”, declarou, à época.
Os resultados mostraram que, em comparação aos sedentários, quem anda de bike com frequência apresenta probabilidade 45% menor de ter tumores, risco 46% mais baixo de desenvolver males cardiovasculares e redução de 41% na tendência de morrer cedo.
Pedalar se mostrou melhor até do que a caminhada. No levantamento, pessoas que andam para o trabalho demonstraram estar 27% menos propensas a detectar algum male cardiovascular e 36% menos expostas a falecer por um piripaque no peito. Mortes por câncer ou outras causas não foram menos expressivas nessa turma.
Imagens: Arquivos pessoais |
Para os estudiosos, as diferenças entre pedalar e caminhar podem estar ligadas ao fato de que quem anda de bike geralmente percorre distâncias mais longas do que aqueles que andam. Além disso, a intensidade do exercício na bicicleta costuma ser maior do que na caminhada.
Os autores da investigação defendem que esses achados provam a importância de políticas que facilitem a locomoção das pessoas de bicicleta. Se essas associações são causais, elas mostram que investir em ciclofaixas, lugares para alugar bikes e incentivar as bicicletas no transporte público são ótimas oportunidades para melhorar a saúde pública. E aí, vamos colocar a magrela para rodar?