Saúde alerta para risco de intoxicação alcoólica durante a festa
A Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop) apreendeu 308 litros de infusões de bebidas artesanais, conhecidas como “príncipe maluco”, até as 6h de segunda-feira (27) de Carnaval. A mistura, preparada clandestinamente e normalmente feita com cachaça, mel, açúcar, cravo, guaraná, canela e outros ingredientes, está proibida nos circuitos por representar risco à saúde dos foliões.
Também foram apreendidos em todos os circuitos da festa mais de 4 mil unidades de bebidas de marcas não autorizadas, além de 200 garrafas de vidro (só ontem foram 26), todas recolhidas e enviadas ao pátio do Setor de Guarda de Bens Apreendidos (Segub), na Avenida San Martin. Participam das operações de fiscalização 40 agentes da Semop e Guarda Civil Municipal (GCM).
Os produtos recolhidos podem ser retirados pelos proprietários após pagamento de multa. Estão cadastrados e licenciados cerca de 3 mil comerciantes informais, que atuam na festa com carrinhos de pipoca, sorvete, água de coco, tabuleiros de acarajé e mingau, isopor de bebidas móvel e fixo, além de veículos e trailers de alimentos.
Intoxicação – O consumo da bebida artesanal representa sérios riscos de intoxicação alcoólica. Os módulos de saúde instalados para o Carnaval registraram, até as 6h desta segunda-feira (27), 379 ocorrências por embriaguez – um decréscimo de 11,7%, comparado com o mesmo período do ano passado, quando foram registradas 429 admissões por alcoolemia.
A quantidade de mulheres que deram entrada nos módulos com o quadro de embriaguez continua superando a de homens com os mesmos sintomas. Do total, 53% dos pacientes atendidos foram do sexo feminino. São comuns os casos de atendimento de pessoas que chegam apagadas’ nos postos de atendimento e que relatam o uso deste tipo de bebida, diz o médico e coordenador do Samu em Salvador, Ivan Paiva.
Como a bebida é produzida clandestinamente, não é possível determinar o nível de álcool ou a presença de outras substâncias adicionadas, alerta o médico.