AVALIAÇÃO – AMAROK V6: Com V6, Amarok supera força de S10 e Ranger

Motor 3.0 V6 (225 cv e 56,1 kgfm de torque) faz Amarok atravessar desertos com tranquilidade - Foto: Divulgação

Natural que no universo das picapes a força bruta seja o principal argumento de vendas, ao invés de economia, estilo, e dirigibilidade – atributos mais valorizados na busca por sedãs, SUVs ou hatches compactos. Nesse quesito, ninguém baterá a Amarok, que acaba de ganhar um novo motor 3.0 V6 turbodiesel, de 225 cv e56,1 kgfm de torque. É o mesmo motor que vai no Audi Q7, primeiro modelo a diesel da marca das quatro argolas no Brasil. Não é coincidência, portanto, que a novidade tenha chegado à picape após poucos meses do lançamento do utilitário de luxo por aqui.

Além do motor mais parrudo, a picape traz equipamentos como ar-condicionado digital de duas zonas, sistema multimídia “Discover Media” (com “App-Connect”, CD-player/MP3, Bluetooth, SD-card, e navegação piloto automático), câmera de auxílio à ré, volante multifuncional, sensores de estacionamento dianteiro e traseiro, regulagem elétrica da altura dos faróis, faróis bixênon com luz de condução diurna em LED, sensor de chuva, quarto airbags (frontais e laterais), ABS com distribuição electronica de frenagem, controle de estabilidade (ESC), controle automático de descida (HDC) e assistente de partida em rampa (HAS).

Tudo embutido nos R$ 184.990 pedidos pela VW, valor similar ao da S10 High Country (2.8 turbodiesel, R$ 185.990) e ao da Toyota Hilux SRX (2.7 turbodiesel, R$ 193.270) – ambas com motor de quatro cilindros. Em relação à Amarok 2.0 (180 cv), são apenas R$ 4 mil extras para ter 45 cv e 13,3 kgfm de torque a mais.
Atacama

Para descobrir como é a nova Amarok V6, a equipe voou até Salta, no norte da Argentina. É que de lá sairíamos para atravessar a Cordilheira dos Andes, passar pelo deserto do Atacama até chegar à turística, pequena e simpática San Pedro do Atacama, no Chile.

Talvez não seja necessário um 4×4 para cobrir essa viagem. Mas, se você tiver um, terá tranquilidade para atravessar trechos nem sempre amistosos. No caso da Amarok, os cerca de 600 km de ida parecem ter sido engolidos – e a trilha sonora é o ronronar de um motor V6.

Nas retas quase infinitas, os 170 km/h viram velocidade de cruzeiro; nas curvas, a segurança e o conforte de uma picape construida sobre uma plataforma moderna.

Ao fim da viagem, nenhum cansaço. Mérito da ergonomia bem resolvida, composta por bancos confortáveis, volante com ajuste de altura e profundidade e comandos à mão. Só não é muito confortável para quem vai atrás, onde o espaço tem lá suas limitações.
Que a Amarok V6 aproveite o reinado de mais potente: no próximo ano, a Mercedes-Benz Classe X chegará com seu V6 Turbodiesel, mas aqui com quase 260 cv. – Rodrigo Mora, em San Pedro do Atacama (Chile)


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