O número de mortos no acidente entre uma carreta, um ônibus e um carro de passeio no Km 286 da BR-116, na localidade de Laranjinha, no município de Teófilo Otoni, subiu para 41. A informação é da Polícia Civil de Minas Gerais, que, com outras instituições do estado envolvidas nas investigações da tragédia, concedeu coletiva neste domingo (22/12).
“Estamos trabalhando com número de entrada no IML, que foram 41 corpos. Trata-se de cenário complexo, acidente de grandes proporções, e vamos avaliando dia a dia as informações, para verificar se todos são ocupantes do ônibus”, disse o porta-voz da Polícia Civil, perito Felipe Dapieve.
“Não tenho informação de feridos. Trabalhamos com os corpos recebidos no IML. Podem imaginar o estado desses corpos”, completou. Dos corpos que chegaram ao Instituto Médico-Legal (IML) de Belo Horizonte – “a maioria em estado avançado de carbonização” -, 12 foram identificados e dois deles estão sendo liberados para as famílias.
“Passaremos à coleta do material genético, dos exames e de análise de informações documentais. A Polícia Civil está mobilizada para dar uma resposta mais rápida possível, respeitando os critérios técnicos relativos aos exames periciais”, ressaltou Dapieve.
Anteriormente, a Emtram, empresa proprietária do ônibus, que fazia o percurso São Paulo-Vitória da Conquista (BA), havia divulgado a lista com os nomes dos 45 passageiros que estavam a bordo do veículo, indicando 39 vítimas, entre as quais constava o motorista Weberson da Silva Ribeiro. No entanto, o número está abaixo dos dados anunciados oficialmente pela Polícia Civil.
Duas versões
A dinâmica do acidente que deixou 39 mortos em Minas Gerais tem duas versões. O que se sabe até agora é que a tragédia envolveu um ônibus com 45 pessoas, um carro de passeio e uma carreta. Tudo aconteceu na madrugada do sábado (21/12) no Km 286 da BR-116, na localidade de Laranjinha, no município de Teófilo Otoni.
Uma das versões preliminares é que um dos pneus do ônibus, pertencente à empresa Emtram, estourou, e o motorista teria perdido o controle da direção. O veículo de passageiros colidiu com uma carreta e, depois disso, um Fiat Argo que seguia logo atrás não conseguiu frear e atingiu o veículo de carga. Essas informações foram repassadas pelo Corpo de Bombeiros.
A outra hipótese é que um grande bloco de granito teria se soltado da carroceria da carreta e atingido o ônibus, dando início ao fogo no veículo de passageiros e fazendo com que a carreta também perdesse o controle.
Com a colisão, o ônibus queimou por inteiro. O veículo de passeio ficou totalmente destruído, mas sem fogo, e a carreta, parcialmente danificada. O carro de passeio acabou batendo na traseira da carreta. Essa suposição partiu de um policial em Minas Gerais.