ARTIGO | Uma revolução inacabada (Padre Carlos)*

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Escrever sobre a necessidade de reforma na Igreja, tem sido o assunto de muitos teólogos e estudiosos da eclesiologia. Porém, depois de apontar sobre este tema tão importante para a nossa comunidade de fé, resolvi ressaltar neste artigo alguns avanços fundamentais que conquistamos e lembrar aos irmãos leigos, sobre a necessidade de consolidar estas conquistas, que são questionadas constantemente por alguns membros do colégio de Cardeais e por uma parcela de leigos e movimentos católicos.
Ter um monge, como D. Timóteo como orientador espiritual durante a juventude e morar um ano com os Irmãos de Taizé, são privilégios para poucas pessoas. Outro fator importante, foi ter nascido numa família de tradição católica, com alguns religiosos em seu seio.

Diante destas premissas, busquei reunir as informações que fui colhendo através da convivência com as personalidades que não viveram simplesmente uma ¨época de mudança¨ Viveram, sim, uma verdadeira ¨mudança de época¨, um período de transição extraordinário, o antes o durante e o pós concílios.

Foi uma revolução na Igreja Católica. Alguns consideram-na não terminada, outros dizem que houve exageros na sua aplicação. O concílio abriu janelas mas também deixou expostos crises latentes no catolicismo.

Hoje, muitos pedem um Vaticano III. Porque o mundo mudou. Com tudo, chamo atenção para o conjunto dos fieis e a Igreja, mudou? Este é o objetivo do artigo, devemos avançar ou consolidar as conquistas?

Para quem não respirou aquele clima de mudança, podemos dizer que este grande acontecimento do séc. XX ,agitou a vida da Igreja, relançou dinamismos de mudança que se registavam desde o início do século, mudou a liturgia católica, abriu a instituição a um diálogo mais profundo com outras confissões religiosas ou com as sociedades.

Lembramos aqui, das constituições (sobre a liturgia, a definição da Igreja, a Bíblia e a revelação, e sobre o diálogo da Igreja com o mundo) e do decreto sobre os leigos.

Muitos conhecem minhas posições, o espírito revolucionário da juventude não se dissipou do meu peito, porém é de fundamental (importância) saber que vivemos em comunidade e por isto, não posso impor o que eu penso, além do mais, todos tem o direito de opinar.

(Padre Carlos Roberto Pereira, de Vitória da Conquista, Bahia, escreve semanalmente para esta coluna)

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