ARTIGO – Um país sem memória é um país sem futuro (Padre Carlos)*

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Um dos marcos de identidade de um país, sempre será relacionado à sua independência. A celebração da nossa libertação do jogo português é um traço comum em nossa terra natal, de dimensão continental, seu papel além de fato histórico, é buscar unir o povo em um projeto coletivo, criando uma identidade em todo o território nacional.

Para além de lamentável, é absolutamente vergonhoso que um Governo considere que um país, que seu povo, passa melhor sem memória coletiva, sem símbolos, sem identidade. O incêndio que consumiu o Museu Nacional, no Rio de Janeiro, retrata apenas mais uma evidência do enorme vazio de cultura, de conhecimento histórico, de conceito de comunidade, que este Governo jamais buscou defender.

Neste sete de setembro, gostaria de ressaltar, que a memória é um dos alicerces que dá sentido ao projeto de nação. Preservar a memória institucional é manter a pátria viva e uma forma de fortalecer o seu povo.

Quando falo estas coisas, me refiro da necessidade de resgatar a memória e só se resgata celebrando. Quando memorizamos, isto é, resgatamos a memória, festejamos nossas vitórias e passamos para os mais novos o quanto ela é importante e da necessidade de manter estas conquistas.

As forças progressistas precisam entender, quando falo isto não me refiro apenas os partidos de esquerdas, mas também aos democratas e nacionalistas, da importância de lutar pelas nossas riquezas e da independência nossa em relação à auto-suficiência em petróleo e a exploração da camada do pré-sal, elas só virão, se forem concebidas como um projeto de nação.

A “Campanha do Petróleo”, 1948 – 1953, cujo lema, “O Petróleo é Nosso”, ganhou as ruas de todo o país.  Esta luta, enfrentou uma série de obstáculos, como o boicote da grande imprensa, a repressão policial, a hostilidade do empresariado, entre outros.

Assim, fica evidente que o monopólio do petróleo não foi uma conquista fácil, e quando trago estes elementos a tona, é para lembrar aos brasileiros, que não basta conquistar, é preciso celebrar as nossas conquista, para que as novas gerações saibam valorizar todo o esforço empreendido por uma geração, para que tivéssemos independência.

Vamos celebrar a independência e todas as conquistas que a classe trabalhadora ainda não perdeu. “Verás que um filho teu não foge à luta”

“          Dos filhos deste solo és mãe gentil, Pátria amada Brasil!”

(Padre Carlos Roberto Pereira, de Vitória da Conquista, Bahia, escreve semanalmente para esta coluna)

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