02 de abril de 2021, sexta-feira da paixão, dia da morte de Cristo e da certeza de que por volta das 18h, mais uma vez, teremos a notícia da morte de milhares de brasileiros causadas por um vírus.
Mortes que poderiam ser evitadas se a sociedade brasileira, predominantemente dita cristã, seguisse o maior dos mandamentos: Amar o próximo como a ti mesmo.
A pandemia expôs a deficiente sociabilidade do capital no Brasil, que não possui a capacidade de pensar e agir de forma coletiva. No Brasil de hoje é cada um por si e Deus por ninguém, já são 325.000 mortos e não existe uma única saída pensada em médio prazo para o nosso País, que já é exposto e considerado como pária internacional.
O Brasil responde por 3% de toda população mundial e ao mesmo tempo por mais de 10% das mortes por COVID, enquanto milhares agonizam em leitos de hospitais pela falta de cilindros de oxigênio, outros tantos se revoltam contra as medidas restritivas que versam sobre atividades comerciais, religiosas e escolares e há também aqueles que se manifestam pela impossibilidade de realização de festas, shows etc. De uma hora para outra surgiram infectologistas, economistas, especialistas para dizer o que é ou não eficaz no combate ao COVID, bem como professores de português para apontar a fala de Lula, quando pronuncia a palavra “adevogado.”
Todos os dias, desde o primeiro caso na terra brasilis, existe o confronto entre economia e saúde, mas a premissa desse confronto é falsa, já que a economia é advento da evolução humana e não o contrário, como disse o -companheiro- Ministro Gilmar Mendes: “É o cachorro que abana o rabo e não o rabo que abana o cachorro”
No entanto, as questões aqui levantadas se tornam secundárias diante do projeto genocida do governo fascista de Jair Bolsonaro, figura abjeta do baixo clero do congresso brasileiro. O atual presidente conta com a anuência, ou pelo menos com a inércia, das instituições da república e continua através do discurso negacionista a provocar morte, fome, desemprego, caos e o colapso do sistema de saúde, enquanto o seu posto Ipiranga* vende o patrimônio e a soberania do País por 30 moedas de prata.
Bolsonaro constrói uma narrativa, desde o primeiro dia do seu mandato, visando as eleições de 2022 e, ao contrário daqueles que pensam que o genocida é um idiota, um bobo da corte, e que cairá de maduro, Bolsonaro tem um projeto de poder em que o lugar do povo brasileiro é o de subserviência, de indignidade e de superexploração.
As soluções fáceis apresentadas pelo genocida para as situações complexas ajudam a construir essa narrativa de disputa da sociedade, se existe um novo tipo de vírus ofereça um remédio que ainda não tenha eficácia comprovada, quando começar a faltar pão na maioria das casas brasileiras, ele vai sugerir mais um absurdo para camuflar a fome do povo, e, ainda assim, teremos quem o defenda e o chame de “mito” de dentro do curral instalado em frente ao Palácio do Planalto.
Bolsonaro tripudia, enquanto agonizamos. A boiada tá passando, enquanto o povo passa fome e morre por falta de comida ou de oxigênio. Não existe outro caminho para o povo brasileiro que não seja a construção de uma Nova Primavera, onde caibam os nossos sonhos, todos eles! Afinal, a gente não quer só comida.
Nossa geração acreditou em um Brasil do futuro, em um país menos desigual, mais justo, mais fraterno e ainda existe tempo para que a gente construa esse país, mas para que isso ocorra, cabe a todos e a todas que carreguemos a nossa responsabilidade para disputar a sociedade a partir de agora, não dá pra esperar o vira-voto na última semana da eleição.
Nós precisamos pegar esse país pela mão e ajudar a construir uma nova sociabilidade onde caibam todas as diversidades deste território continental.
Precisamos definir quem nos ajudará a erguer essa Nova Primavera e temos o maior líder operário do mundo disponível e com tesão para essa tarefa!
Somente um Silva pode reconstruir esse país, o mais teimoso de todos, o filho de Dona Lindu.
Vem Lula! Vem ser nosso Presidente novamente! |*Isaac Bomfim, presidente do PT de Vitória da Conquista.