ARTIGO | Tá mudando, tá melhor? (Padre Carlos)*

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Imagem: Redes sociais/Reprodução

Para se governar bem uma cidade, um prefeito tem que ter características de gestão e de política com olhar social. Um bom prefeito, então, tem que ter a capacidade de gerenciar bem a receita própria do seu município e também buscar convênios, ampliar a receita para ter mais capacidade de investimento dentro do município.
Ou seja, tem que olhar pra dentro da cidade, seus eleitores. Mas tem que estar muito atento às oportunidades de fomento que vêm de fora do seu município. Tem que ter boa relação com outros poderes, saber ouvir a bancada de oposição e entender que não se governa uma cidade sozinho.

O governo que aí está infelizmente não tem estas qualidades, durante os dois primeiro anos de sua gestão, vem demostrando um despreparo e uma incompetência em gerir as coisas, isto é, não vem apresentando as melhores formas de controle das ações públicas desenvolvidas, apresentando a aplicação de forma eficiente.

Quero deixar claro, que não estou aqui querendo ofender o atual prefeito, desta forma temos que ter discernimento e entender que incompetência não é ofensa e competência é a análise de um conjunto de ações e de seus resultados, o que infelizmente não vem acontecendo.

O Governo Municipal não deu ouvido às denúncias do Vereador Coriolano Morais e pagou pra ver o sucateamento do transporte público municipal. Não podemos esquecer que as consequências diretas do transporte clandestino têm levado ao aprofundamento desta crise.

Este tipo de serviço da forma que se encontra, vem gerando sérios prejuízos financeiros para a cidade e a empesas de transporte, impedindo assim a prefeitura em arrecadar tributos e a empresa de transporte em realizar melhorias como a ampliação da frota e o aumento do número de linhas em circulação.

Como cidadão não posso ficar inerte aos acontecimentos. O colapso no sistema de transportes coletivos em Vitória da Conquista deixou 517 funcionários da Viação Vitória desempregados, não receberam salários nem qualquer indenização, sem que os poderes públicos tivessem qualquer iniciativa política eficaz para remediar esta situação. Não podemos esquecer as promessas de campanha do prefeito que na sua maioria não foram cumprida.

Assim, podemos citar a regularização e modernização do transporte alternativo. Com relação à saúde onde foi prometida uma revolução, temos visto que os objetivos destas ações são na verdade políticas, o medo da policlínica regional ter sucesso e que opositores levem benefícios políticos com o equipamento. Desta forma, deixa claro para a população que não está preocupado com o bem da comunidade de Conquista, mas com seus próprios interesses.

O caso mais recente da falta de sensibilidade da atual gestão foi à indiferença com o desespero dos pais em conseguir uma vaga nas creches municipais. Tudo isto nos leva a crer que o problema de baixa escolaridade do nosso país, começa desde os 0 anos e na creche, a partir deste momento a criança já começa a viver no sistema desigual de educação; um círculo vicioso que perdura ate o final da sua vida escolar.

Ao iniciar o terceiro ano de seu mandato, o prefeito Herzem Gusmão deve desculpa a população desta cidade, por não ter conseguido implementar o projeto que foi exposto na campanha.

Depois de dois anos à frente do executivo, o discurso de responsabilizar a antiga administração por tudo de errado que se encontra na cidade, não surte mais efeito e a comunidade perdeu a esperança das promessas feitas com um microfone nas mãos.

(Padre Carlos Roberto Pereira, de Vitória da Conquista, Bahia, escreve semanalmente para esta coluna)

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