ARTIGO | Resultados do Enade podem ser consultados por brasileiros que almejam novos horizontes profissionais

Enade, ensino superior privado e pandemia: algumas considerações

Ihanmarck Damasceno *

Os funcionários com ensino superior têm, no mínimo, o dobro de renda salarial, em comparação aos que não têm graduação, conforme apontam pesquisas do IBGE e do Ministério do Trabalho. Dados do Ministério da Educação mostram que nas instituições de ensino superior privadas estão a maior quantidade de vagas disponíveis para os milhares de brasileiros que buscam um futuro melhor. Aqueles que querem uma formação de qualidade podem recorrer aos resultados do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade).

Dados divulgados, neste mês, sobre o Enade 2021, pelo MEC e pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) mostram o desempenho de 7.997 bacharelados, licenciaturas e graduações tecnológicas ofertados por 1.312 instituições de todo o país. O Exame é um dos mais importantes instrumentos avaliativos do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes).

O Enade afere o desempenho dos estudantes em relação a competências, habilidades e conhecimentos desenvolvidos ao longo da formação acadêmica. As provas são obrigatórias e, delas, depende a colação de grau dos respondentes. Não custa lembrar, o exame é aplicado exclusivamente entre alunos concluintes dos cursos superiores que são avaliados a cada edição, e o ciclo avaliativo é trienal.

Calculado a partir dos resultados das provas de formação geral e conhecimentos específicos, o Conceito Enade mostra que há instituições de ensino superior privadas extremamente comprometidas com a oferta do ensino, pesquisa e extensão de qualidade. E um bom exemplo está na Bahia. O melhor bacharelado em Sistemas de Informação do estado é ofertado pela UniFTC, na cidade de Feira de Santana. O curso obteve Conceito 4, numa escala de 1 a 5. Ou seja, está muito próximo da excelência.

Em 2021, o Enade também avaliou a percepção do aluno concluinte sobre o seu processo formativo, por meio da aplicação de um questionário. Verificou quais instituições e cursos oferecem experiências inovadoras e que contribuem para o aumento da capacidade de reflexão e argumentação dos estudantes; a qualidade do trabalho docente e das avaliações; a oferta de programas, projetos ou atividades de extensão universitária e iniciação científica; biblioteca virtual e demais recursos tecnológicos; infraestrutura para aulas práticas, entre outros aspectos.

Além disso, questionou os alunos sobre o impacto da pandemia no processo formativo. Em um contexto marcado por tantas disrupções, as instituições privadas de ensino superior mostraram um poder de adaptação maior, se comparadas às públicas. Entre os concluintes das particulares com fins lucrativos, por exemplo, 67,3% concordaram totalmente com a afirmação de que as instituições onde estudam passaram rapidamente a ofertar aulas não presenciais no início da pandemia. Entre os estudantes das públicas, esses percentuais foram de 28,1% (estaduais) e 21,8% (federais).

Ainda em relação à pandemia, as instituições particulares de ensino superior também foram melhor avaliadas sobre quesitos como: capacidade de oferecer suporte para que os alunos pudessem superar dificuldades tecnológicas de acesso às atividades acadêmicas; acesso às referências bibliográficas; domínio dos professores sobre recursos tecnológicos e didática adequada às aulas não presenciais; e continuidade das atividades de pesquisa e extensão.

Esses são apenas alguns exemplos da importância da iniciativa privada para a formação de milhares de brasileiros que buscam um novo horizonte profissional e de vida, por meio do ensino superior. As boas opções estão postas, e o Enade é uma ferramenta fundamental para quem quer escolher um curso de qualidade, sem medo de errar. | *Ihanmarck Damasceno é Vice-presidente Acadêmico e de Relações Institucionais da Rede UniFTC.


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