ARTIGO | Quinhentos anos de lutas (Padre Carlos)*

Durante o mês de agosto, faremos seis artigos resgatando estes cinco séculos de luta do povo brasileiro. Nosso objetivo é tentar ajudar aos mais novos construir uma linha do tempo tendo as lutas e conquistas deste povo como tema central.
            Assim, trabalharemos os seguintes acontecimentos:

                        Descobrimento e o Brasil Colônia;
                        A chegada da Família Real e o Império;
                        A primeira República;
                        Revolução de trinta e a era trabalhista;
                        Golpe de 64 e a Ditadura;
                        Nova República aos dias de hoje.

Quando estudamos a História, aprendemos que sua importância esta relacionada acima de tudo a compreensão dos fatos para não cometermos os mesmos erros do passado; mas acima de tudo, para que tenhamos a oportunidade de organizar o agora e o porvir de modo mais seguro. 

Sob tal perspectiva, o estudo dos fatos consumados sempre teve um valor estratégico. Em outras palavras, essa ideia sugere que a análise e a crítica do passado determinam o alcance de um futuro livre das mazelas que um dia nos afligiu.

O termo História vem do grego e significa “historie“, “conhecimento através da investigação “testemunha”. História é a ciência que estuda a vida humana através do tempo, analisando a ação do Homem no tempo e no espaço. 

Através dos variados testemunhos deixados pelos nossos ancestrais conseguimos reconstituir o passado, compreender o presente e precavermo-nos para o futuro. É o estudo do passado para entendermos o presente, mas de um passado vivo, que está presente em nós, uma vez que somos o resultado de tudo o que aconteceu.

Não devemos esquecer as nossas memórias, porque um país sem memória caminha desorientado, pois não conhece seu passado, não tem consciência do seu presente, e não projeta perspectiva no futuro.

Assim, só através da história poderemos entender como fomos constituídos como Nação, e que Ela representa um culto do solo, o gênio da língua, a inspiração da poesia, a música do patriotismo, a fé da religião, a força da ideologia, a vocação da liberdade e do direito; todos esses valores que as gerações memorizam e consagram movidas da esperança, e do propósito e do pensamento de fazê-los eternos e indestrutíveis como as forças supremas da natureza, sobre as quais não tem o homem jurisdição para aplicar a pena capital e extingui-las.

Foi por entender a importância deste tema e apesar de ter a filosofia como formação, que tento buscar neste trabalho o debate e a compreensão dos desafios da nossa democracia, isto é não deixar que o esquecimento das nossas lutas e conquistas, que o sentimento de nação possa nos resgatar da nossa inercia diante daqueles que usam a falta de memória do nosso povo como instrumentos demagógicos, exatamente, esse tipo de patologia que já Aristóteles, na velha Grécia, denunciava como sendo a mais grave doença da democracia. A memória curta, na história e na política.
SOBRE O AUTOR E O CONTEÚDO POSTADO
* (Padre Carlos Roberto Pereira, de Vitória da Conquista, Bahia, escreve semanalmente para esta coluna)

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